Um grupo de garis jogou um veículo dentro de um rio de Porto Alegre depois que o motorista atropelou dois colegas deles, na manhã desta quarta-feira (26).
Os trabalhadores estavam fazendo a roçada na vegetação ao redor do arroio (rio) Dilúvio, que passa pelo meio da avenida Ipiranga, uma das principais da capital gaúcha, quando o veículo invadiu a área de segurança demarcada por cones.
O carro atingiu Luis Eduardo Munhoz, 35, e Tiago Santos, 30. Eles seguravam as redes que impedem que pedras e grama atinjam os veículos em trânsito.
Munhoz está internado em estado grave no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Santos teve ferimentos leves e está em observação no Hospital Cristo Redentor.
O motorista, Amâncio Antunes Filho, 66, não estava embriagado, segundo a Brigada Militar (a PM gaúcha), que realizou o teste do bafômetro. A BM diz que é possível que o homem tenha tido um mal-estar ao volante.
Após o acidente, os garis ficaram revoltados e empurraram o carro para o canal de água. O motorista saiu do veículo antes.
Os garis são contratados pela empresa Cootravipa, que presta serviços para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
Segundo Sidnei Mateus Freitas Marques, coordenador de Segurança do Trabalho da Cootravipa, Munhoz foi arrastado por pelo menos 50 metros. O coordenador diz que todos usavam equipamentos de segurança e que a área estava sinalizada.
“A gente isolou a pista da esquerda toda, com cone, bandeirinha e placa”, afirma Marques. Os garis só podem começar o trabalho quando a segurança é verificada por um fiscal, o que foi feito, segundo a empresa.
O DMLU diz que “os garis se exaltaram após o incidente” e serão convocados para uma reunião, “pois este não é o posicionamento da Cootravipa, tampouco do DMLU”.
Em nota, o órgão municipal disse que “lamenta o ocorrido e aguardará as informações da perícia para a tomada ou não de alguma providência”.
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