O auditor fiscal Juarez Francisco Alves, 49 anos, deve responder em liberdade ao processo por porte ilegal e disparo de arma de fogo. Alves se entregou à polícia na manhã de quarta-feira depois de quase cinco horas de confusão no posto de fiscalização da Receita Estadual, localizado no quilômetro 5, da BR-116, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

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Preso em flagrante, ele foi enviado ao Hospital Angelina Caron para cuidar de um ferimento no braço causado por um tiro de raspão. À noite, após receber alta do Hospital Evangélico (para onde foi transferido no fim da tarde), na capital, Alves foi levado à Delegacia de Campina Grande do Sul, onde permanece detido. De acordo com o delegado Vinícius Martins, o auditor fiscal possuía apenas o registro da pistola 380, mas não autorização para portá-la. "Como ele não tem antecendentes criminais, deve responder o processo em liberdade", disse.

Ontem, o advogado Maurício de Santa Cruz Arruda, que representa o auditor, entrou com um pedido de liberdade provisória. "A juíza deve apreciar o pedido amanhã (hoje) à tarde." Arruda ainda explicou que não incluiu na defesa que seu cliente possui distúrbios psicológicos, conforme alegou um dos familiares anteontem e chegou a cogitar que ele teria tomado o chá de Santo Daime (que possui efeito alucinógeno discutível).

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O médico que atendeu Alves no Hospital Evangélico no final da tarde de anteontem, o ortopedista Flamarion Batista dos Santos, afirmou que ele parecia normal. "Até fiquei surpreso quando vi no jornal a proporção da confusão que foi causada."

Santos explicou que a intenção foi atender o ferimento que Alves tinha no braço. "A família até perguntou se eu poderia encaminhá-lo a um tratamento psicológico, mas expliquei que não era o caso de fazer isto naquele momento." Santos ainda explicou que o auditor fiscal não precisou ser submetido a uma cirurgia, conforme foi indicado pelo outro hospital em que ele recebeu atendimento, e que Alves teve apenas o braço engessado.