Depois de um semestre de crise, provocada pelo surto mundial de gripe aviária e o ressurgimento da febre aftosa no Brasil – fatores que provocaram queda nas exportações – a produção paranaense de frangos dá tímidos sinais de recuperação. Os abates no estado apresentaram em junho discreto crescimento, de aproximadamente 1% em relação ao último mês.

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Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, "o crescimento dos abates é positivo, pois tem como base as aves de descarte. Isso sinaliza que o setor está trabalhando para se fortalecer de forma eficiente, sabendo que o mercado de exportação não deve apresentar crescimento significativo nos próximos meses".

Por outro lado, o mercado interno vem apresentando alta, já que o preço das galinhas vivas já caiu 70%. "Essa queda de preço é refletida para o consumidor final, abrindo espaço para mercados que não consumiam o produto de maneira regular", destaca Martins. Com isso o consumo per capita de frango no país deverá subir.

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A tendência, a partir de agora, é que o número de abates seja reduzido, já que a produção de frangos vai sofrer um ajuste de pelo menos 10% em todo o Brasil. A decisão foi anunciada no início deste mês, com o objetivo de equilibrar oferta e procura. A meta é desacelerar a produção e diminuir o total de pintos alojados no país – de 376 milhões de cabeças, verificado em maio, para 330 milhões.

A indústria avícola também tem buscado outras saídas para combater as perdas. Prova disso é o significativo aumento do volume de pratos semiprontos de frango exportados no primeiro semestre. Só neste ano já foram exportados US$ 22,47 milhões e 9,89 milhões de quilos desses produtos. No mesmo período no ano passado, as exportações desse segmento foram de apenas US$ 3,44 milhões e 1,87 milhão de quilos.

ICMS

O decreto assinado pelo governo do Paraná, reduzindo o ICMS na venda de carnes de aves, bovinos, suínos e bubalinos para outros estados, também animou o setor. A carga tributária será reduzida da alíquota de 12% para 7%, equiparando-se à de outros estados produtores.

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