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Caso “dama do tráfico”

Após defender liberdade de imprensa na Unesco, Felipe Neto incentiva perseguição a jornalista

Um intelectual brasileiro, segundo os Estados Unidos e seus satélites. (Foto: Reprodução redes sociais)

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O youtuber petista Felipe Neto apagou uma publicação da rede social X em que ataca a editora do jornal O Estado de São Paulo (Estadão), Andreza Matais, por causa da reportagem que revelou visitas da “dama do tráfico” ao Ministério da Justiça do governo Lula.

Felipe Neto chamou a editora de “dama das fake news” e sugeriu que a jornalista poderia estar sendo “financiada”. Após a repercussão negativa do ataque à jornalista, o youtuber apagou o tuíte e fez nova publicação com pedido de desculpas.

“Por mais que discorde inteiramente de suas convicções e condene veementemente sua forma de conduzir um jornalismo anti-esquerda, não é certo expor sua foto ou incentivar qualquer tipo de perseguição a ela. Peço a todos que me seguem que entendam que isso é um erro e não passem pano pra mim. Se é para criticar, que o foco seja o veículo, não o jornalista, mesmo que a gente acredite ter todos os motivos para isso”, diz um trecho do pedido de desculpas.

Na sequência, o youtuber disse que a “pluralidade jornalística é fundamental para a democracia”, ofereceu um espaço para resposta da jornalista e afirmou que não é imune a erro.

Neto finaliza reiterando os ataques ao jornal: “Ao Estadão, não deixo qualquer pedido de desculpas e reitero a pergunta: quem financia esse jornaleco da direita?”. Além de Neto, outras figuras da esquerda têm concentrado fogo contra o jornal por conta da reportagem.

No domingo (19), a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para instigar a militância contra o jornal e, na semana passada, o ex-BBB e ex-deputado, Jean Wyllys, pediu censura contra jornais que denunciaram o caso da dama do tráfico. O Estadão informou que estuda levar à Justiça os ataques dos petistas.

Felipe Neto já defendeu liberdade de imprensa na Unesco

Depois de ser criticado por uma mudança abrupta de posicionamento sobre a esquerda e o presidente Lula, Felipe Neto passou a integrar um grupo de trabalho montado pelo Ministério dos Direitos Humanos para combater “o discurso de ódio e o extremismo”.

Já como influencer petista, em maio deste ano, Felipe Neto participou de um evento promovido pela Unesco em defesa da liberdade de imprensa.

“Vou falar sobre a liberdade de expressão e a relação com os direitos humanos, além dos riscos que a desinformação traz nesse contexto”, disse o youtuber ao anunciar sua participação no evento à época. 

Vereador de São Paulo chama Felipe Neto de “rei dos canceladores”

Ao comentar sobre o caso, o vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União), disse que depois das revelações do Estadão, “o PT e seus asseclas foram ao ataque contra os jornalistas (e o jornal) que escancarou a relação do governo com o crime organizado”.

“Felipe Neto, o rei dos canceladores, já deu a nota: Quem denunciar o PT será sumariamente perseguido. A esquerda defende a democracia, sim. Confia”, escreveu o vereador na rede social X.

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