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Paraguai

Após desocupação, protestos de brasiguaios diminuem

Produtores rurais brasileiros radicados no Paraguai suspenderam o tratoraço e não vão mais bloquear as rodovias do estado de Alto Paraná, na fronteira com o Brasil. Eles entendem que algumas desocupações iniciadas nos últimos dias foram concluídas e o próximo passo será realizar reuniões com o governo paraguaio em busca de garantias de que as propriedades não serão mais questionadas na Justiça. A decisão foi tomada após assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (15).

Os agricultores estavam parados nas margens das estradas do Paraguai desde a última segunda-feira. Os produtores reclamam das constantes invasões de terra e se dizem vítimas de operações fraudulentas na tentativa de obtenção de terras. Eles afirmam que alguns agricultores locais usam medições forjadas se apropriar de supostos excedentes.

Na tarde desta quinta-feira (14), o protesto se estendeu por mais de 35 quilômetros nas vias de acesso às regiões agrícolas que mais produzem no Paraguai. Nesta sexta-feira, as máquinas voltaram para o campo. Os produtores garantem que não houve desmobilização, mas com as medidas adotadas até o momento, a melhor solução era voltar ao trabalho.

A manifestação desta quinta-feira teve como estopim a ambiguidade de ordens judiciais envolvendo a desocupação das terras do catarinense Tranquilo Favero, em Ñacunday, a cerca de 90 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu. Outro questionamento diz respeito ao tamanho das propriedades registradas em nome de brasileiros. "Somente em Alto Paraná, perto de 350 mil hectares estariam ameaçados", calcula o diretor regional da Coordenadora Agrícola do Paraguai (CAP), Adir Lui. O estado abriga cerca de 6 mil agricultores brasileiros que imigraram para o país no início da década de 1970.

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