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Memória

Após dois anos, museu é reaberto em Paranaguá

Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas (Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

O Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), administrado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), será reaberto provisoriamente hoje em Paranaguá, no litoral do estado. Após o fechamento por problemas estruturais, em julho de 2005, o prédio do MAE poderá ser visitado até fevereiro, quando será novamente barrado o acesso de visitantes e iniciada a segunda fase de restauração que deve ser concluída no segundo semestre de 2009. O custo estimado para a reforma do imóvel é de R$ 2,9 milhões e será patrocinado com recursos do governo federal e empresas privadas, através da Lei Rouanet.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o edifício do MAE, inaugurado em 1755, é o único da arquitetura colonial, com três andares, no Sul do país. Foi erguido para abrigar um colégio de padres jesuítas, após mais de meio século de construção. O local é sede do museu da UFPR desde o fim da década de 50 e é referência para a história da formação da antropologia das tradições populares e da arqueologia brasileira.

A reabertura do MAE será realizada com a exposição "História das Pedras: o concreto e o imaginário no museu", onde a principal obra será o próprio prédio do museu. O visitante que comparecer ao MAE vai encontrar a incorporação de um estilo arquitetônico moderno já na entrada, onde foi construído um hall de vidro blindado, incluindo o piso. A inovação, segundo a diretora do MAE, Ana Luísa Fayet Sallas, é uma ousadia arquitetônica para compensar a ausência de materiais da época de construção. O prédio também teve o piso do auditório reconstruído e quase todo o telhado restaurado, além da instalação de um mezanino. As telhas foram retiradas individualmente e, depois de lavadas, foram reconstituídas. "Em apenas alguns pontos foram colocadas telhas novas, mas mantendo semelhança com o restante do telhado", afirmou a diretora.

Guardado em sua maior parte numa sala com condições de temperatura apropriada no câmpus Juvevê da UFPR, em Curitiba, o acervo do MAE é composto por objetos de plumária, tecelagem, trançados, armas e adornos corporais de 42 povos indígenas brasileiros. Com aproximadamente 40 mil peças, a coleção é um marco das primeiras pesquisas realizadas no Paraná nas décadas 60 e 70.

O museu também possui acervos sobre o fandango, música típica do Paraná, a cavalhada (festa que teve origem em torneios medievais e é comum nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do país) e a congada (manifestação folclórica com influências africanas e tradicional nos estados do Sudeste e em Goiás). Também há vários crânios e ossos, descobertos em áreas indígenas do Paraná na década de 50, e fotos antigas.

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