Após dois anos de obras e muita polêmica, o viaduto estaiado sobre a Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), em Curitiba, foi liberado para o tráfego neste sábado (12). Agentes da Setran estarão no local dando orientações e monitorando o trânsito até as 19h. A inauguração da obra foi simples, realizada sob chuva.
Situado no cruzamento da Avenida das Torres com a Rua Coronel Francisco H. dos Santos, o viaduto liga o Cajuru e o Jardim das Américas ao Uberaba e Hauer. São duas faixas em cada sentido.
Quem transita pelas ruas Durval de Morais e Doutor Constante de Coelho, utilizadas como desvio durante a construção do viaduto, não poderá cruzar o canteiro central da Avenida Comendador Franco e encontrará os semáforos desligados a partir das 14 horas. Para acessar as duas ruas, quem utilizava a Rua Marechal Cardoso Junior agora deverá seguir no mesmo sentido em que estiver transitando na Avenida das Torres e utilizar uma das duas novas alças para chegar aos bairros.
Com 225 metros de extensão, o viaduto estaiado custou R$ 84 milhões e faz parte das obras do corredor Aeroporto-Rodoferroviária. Seu mastro tem 74 metros de altura e 21 estais de sustentação.
Presente na abertura, o prefeito Gustavo Fruet destacou que, dos R$110 milhões investidos na obra, mais de 95% é recurso de Curitiba. De acordo com Fruet, este foi o maior investimento do Pac da Copa e a tecnologia da estrutura é inedita em Curitiba. "A grande preocupação neste final eram os laudos de segurança desta estrutura. E nada com testar em dia de chuva."
Opinião dos moradores
"Nós esperávamos que fosse algo mais estrondoso. Pelo que vimos, a ponte não foi totalmente executada como estava no projeto", disse Kely Garcia Botelho, fisioterapeuta e vizinha da ponte.
Para a dentista Marileide Carneiro, a obra "deu muita dor de cabeça e nem é bonita". Ela acredita que no local poderia ter sido feito algo mais barato e mais rápido. "Não entendi por que o estaiado. Poderia ter feito algo mais simples com a mesma função. Isso é obra pra inglês ver".
Já o morador Maximian Pereira da Silva acredita que o transtorno gerado pela construção da obra será compensado pela melhora no fluxo do trânsito local. Ele foi um dos primeiros a passar pela ponte e achou o resultado "uma maravilha".
Liberação do Viaduto Estaiado
* Colaborou Jaqueline Ribeiro, especial para a Gazeta do Povo
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