Após ter estacionado nos últimos dois anos, o número de brasileiros com excesso de peso voltou a crescer, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Ministério da Saúde. Se em 2013 esse percentual havia estabilizado em 50,8%, agora, esse índice já atinge 52,5% da população adulta do país. Os dados são da Vigitel, pesquisa que monitora os hábitos e fatores de risco para a saúde.
O crescimento, no entanto, é ainda maior se comparado a oito anos atrás, quando 43% da população brasileira estava acima do peso. Já o percentual da população dentro deste grupo que apresenta quadro de obesidade tem se mantido estável. Hoje, o problema atinge 17,9% dos brasileiros, de acordo com dados da Vigitel. Foram ouvidas 40 mil pessoas.
Embora esteja mais “gordinho”, o brasileiro já tenta se exercitar mais e têm passado menos tempo em frente à TV. Segundo a pesquisa, 35,5% da população dedica mais de 150 minutos na semana para a prática de atividades físicas. Em 2009, esse índice era de 29,9%.
Por outro lado, 15% dos entrevistados afirmaram não ter feito nenhum tipo de atividade nos últimos três meses e 49% admitiram fazer atividades em tempo considerado “insuficiente” durante a semana. Em geral, o percentual da população que dedica mais tempo a atividades físicas é maior entre os homens: 41,6%. Entre as mulheres, esse índice cai para 30%.
Com mais tempo para atividades físicas, sobra menos tempo para a TV. Dados da Vigitel mostram que o percentual de brasileiros que fica mais de três horas diárias em frente à telinha diminuiu: passou de 31%, em 2006, para 25,3% em 2014. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, essa redução mostra que a população está buscando hábitos mais saudáveis, o que acaba por impactar nos outros índices. “Se não tivéssemos melhorado no índice de atividade física, teríamos com certeza mais sobrepeso e obesidade”, afirma.
Ao mesmo tempo em que pratica mais exercícios físicos, a população também se alimenta melhor, deixando menos espaço na mesa para o refrigerante e para carnes com excesso de gordura, por exemplo. Para o Ministério da Saúde, o inimigo, porém, ainda é o sal. Ao todo 15,6% da população afirma ter consumo “alto” ou “muito alto” de sal nos alimentos.
Dados do governo federal também mostram que o consumo médio de sal no país é duas vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A meta é reduzir essa quantidade, hoje estimada em 12 gramas por dia, para cinco gramas ao dia até 2022.
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