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Foz do Iguaçu – O volume de água nas Cataratas do Iguaçu ultrapassou 2 milhões de litros por segundo na tarde de anteontem. A vazão é a maior registrada neste ano pelo departamento de Hidrologia da Copel depois de quase seis meses de estiagem que atingiu o principal atrativo turístico do estado.

Entre março e setembro, o índice ficou cerca de 80% abaixo da média para dias normais de 1,5 milhão de litros por segundo nos 275 saltos. A mínima no ano foi de 195 mil litros por segundo em 14 de agosto, contra o recorde de 2,06 milhões de litros por segundo quarta-feira. A maior vazão era a do dia 25 de janeiro, com 1,89 milhão de litros por segundo. Ontem, a marca chegou a 1,85 milhão de litros por segundo.

Segundo o técnico do departamento de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Adroaldo Goulart de Oliveira, a mudança se deve à incidência de chuvas nos dias 24 e 25 que atingiram as regiões das usinas de Salto Osório e Salto Caxias. "Como elas estão com o nível dos reservatórios bom, puderam variar a operação. Em Salto Santiago, o volume de água represada saltou de 33% para 40,2%."

O panorama inverso no final do primeiro semestre, com o nível reduzido a índices alarmantes, forçou todas as cinco usinas hidrelétricas do Rio Iguaçu a fecharem as comportas. A estratégia para obter um melhor aproveitamento energético acabou deixando o leito da bacia que corta o Paraná quase seco e na foz o paredão de rochas exposto.

Turismo

Os efeitos da seca prolongada puderam ser sentidos tanto na paisagem como no fluxo de turistas na região. O cenário inusitado afastou milhares de visitantes, retraindo o setor. Outros, porém, foram atraídos pelo gigantesco cânion com quase três quilômetros de extensão entre uma margem e outra do rio.

Mas a tentativa de usar o diferencial para impulsionar o turismo não deu certo e a frustração teve reflexos nos números de ingressos no Parque Nacional do Iguaçu. Em julho, historicamente o segundo mês mais movimentado no ano, a redução foi de 22,9% em relação a 2005. Nos três meses seguintes, as perdas foram ainda maiores: 24%.

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