O viaduto Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, foi aberto para tráfego de ônibus por volta das 5 horas desta quinta-feira (25). A prefeitura de São Paulo descartou a demolição da estrutura.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), apenas duas faixas do viaduto serão usadas, uma em direção ao centro e a outra em direção ao bairro. A via tem seis faixas, divididas em dois sentidos.
Carros e caminhões não poderão usar o viaduto e ainda não há data para liberação desses veículos.
No último dia 13, uma batida de dois caminhões na avenida dos Bandeirantes, sob o viaduto, causou um incêndio. Desde então, a via está completamente interditada.
O prefeito Fernando Haddad (PT) chegou a afirmar que a chance de recuperação da estrutura era de apenas 5%, completando que a demolição do viaduto era quase tida como certa.
Porém, após três laudos contratados, a administração municipal desistiu da ideia.
“Contrariamente às expectativas iniciais, apontadas pela maior parte dos especialistas de que a gente deveria demolir o viaduto, os laudos apontam que é possível a recuperação”, afirmou o secretário municipal de Obras, Roberto Garibe.
O prazo para a recuperação total do viaduto só deve ser informado após monitoramento de 15 dias do trânsito no local.
Testes
As duas empresas contratadas pela prefeitura fizeram testes de resistência de carga para emitir os laudos.
Posteriormente, um engenheiro emitiu um documento determinando como deveria ser feita a liberação da via.
“Aguentar 100%, aguenta, mas a recomendação é começar gradualmente. Liberar duas pistas, aí definir a tecnologia de recuperação para liberar as demais”, afirmou Haddad.
As possibilidades de recuperação são realizar obras pela parte de cima, pela parte de baixo ou ainda criar uma nova estrutura de apoio para o viaduto Santo Amaro.
Ainda não há estimativa de custo da reconstrução.
“Estamos economizando alguma coisa perto de R$ 40 milhões que seria gasto para refazer o viaduto se fosse implodido. E uma obra que levaria seis meses já vai ser liberada [parcialmente]”, disse Haddad.
Motoristas que trafegam pelo local tem enfrentado congestionamentos.
Cerca de 25 linhas de ônibus passavam sobre o viaduto. Após a interdição, os coletivos passaram a usar a pista lateral do elevado, nos dois sentidos, cortando a avenida dos Bandeirantes para voltar à avenida Santo Amaro.