Após ser exumado há pouco mais de dois meses por determinação da Justiça, o corpo do empresário Marcos Matsunaga foi enterrado novamente hoje (15) no cemitério São Paulo, na zona oeste de São Paulo.

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No dia 12 de março deste ano, o corpo do empresário foi exumado para que fosse realizado uma nova perícia, após solicitação da defesa de Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30, mulher do empresário e ré confessa do crime. Ela está presa no Complexo Penitenciário de Tremembé (a 138 km de São Paulo) e aguarda decisão se irá a júri popular.

Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Elize também será processada por ocultação de cadáver.

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A exumação foi autorizada pelo juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da capital, que deu um prazo na época para que o Ministério Público e os defensores de Elize apresentassem outras questões a serem respondidas pelo perito, além de poderem indicar um assistente técnico para o trabalho.

A nova perícia deve determinar o exato momento da morte do executivo, pois há dúvidas se ele morreu pelo tiro que atingiu sua cabeça ou se ainda estava vivo quando foi esquartejado.

Após incluir o laudo ao processo, a Justiça vai abrir prazo para defesa e Ministério Público tomarem conhecimento do documento. Em seguida, o juiz dará prazo para as alegações finais.

No dia 30 de janeiro, foi concluída a audiência de instrução do caso, com o depoimento de Elize e da amante de Marcos, Nathália Vila Real Lima, 24, que afirmou que o casal sempre brigava e que o empresário sempre tinha arranhões quando ia visitá-la.

O crime

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O crime ocorreu em 19 de maio de 2012, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), e os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo). Elize foi presa em 4 de junho, logo após a Folha revelar o assassinato de Marcos.

Segundo sua defesa, ela matou Marcos após uma discussão na qual foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal começou porque Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma traição por parte dele.

Elize foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Estadual por homicídio triplamente qualificado (o que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou defesa da vítima e meio cruel. Ela também será processada por ocultação de cadáver.

Para a Promotoria, Elize matou e esquartejou o marido de maneira premeditada para se vingar porque era traída e também para ficar com R$ 600 mil de um seguro de vida da vítima.