Após o término da greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, o sindicato da categoria (Sindimoc) tenta abonar ou reduzir a multa determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em razão de os ônibus terem ficado sem circular em Curitiba e região metropolitana. O tribunal pode se pronunciar sobre o caso ainda nesta sexta-feira (17).
Na última terça-feira (14), a justiça do trabalho determinou que 70% dos ônibus teriam de trafegar no horário de pico e 50% no horário normal. O desembargador Altino Pedrozo dos Santos, do TRT, fixou na multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento da decisão. O sindicato foi notificado na quarta-feira (15). Os ônibus circularam apenas a partir do meio da tarde de quarta, após o fim do movimento grevista.
O advogado que defende o sindicato, Elias Matar Assad, afirmou que o objetivo é conseguir que a multa seja abonada (relevada segundo o termo jurídico). O argumento é de que não houve desordem e que se tratava de uma paralisação justa, uma vez que as empresas concordaram em conceder o aumento salarial. "Foi uma greve tipicamente curitibana. Não houve caos, como ocorre em São Paulo ou Rio de Janeiro", afirmou Assad.
Se a multa não for abonada, o pedido é para que seja reduzida. Nesse caso, o sindicato pede que o valor baixe de R$ 100 mil para R$ 29 mil -- referente ao período entre 5 horas e meio-dia de quarta-feira.
A assessoria de imprensa do TRT informou que o desembargador pediu que o Ministério Público do Trabalho (MPT) se manifeste sobre o caso. Depois disso ele tomará a decisão. O MPT afirmou que deve entregar o parecer ao TRT ainda nesta tarde.
Veículos depredados
Ao contrário da defesa do Sindimoc, o sindicato patronal afirmou que ônibus do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana teriam sido depredados nas garagens das empresas. A afirmação foi feita pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) na manhã de quarta-feira (15). Vidros de alguns veículos foram quebrados, de acordo com o Setransp. Pneus foram furados e os ônibus também foram pichados.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) confirmou que alguns grevistas cometeram excessos, mas disse que não se trata de orientação da entidade. A informação oficial do Sindimoc é de que os pneus foram murchados e não furados. O sindicato disse que não tinha notícias de que vidros dos veículos foram quebrados.
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