O diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse neste domingo (15) que todas as atividades extraordinárias realizadas nas penitenciárias estão suspensas por tempo indeterminado nos 33 presídios do estado. As atividades extraordinárias incluem visitas, estudo e trabalho. A suspensão ocorreu após a fuga de 26 presos da Penitenciária Estadual de Piraquara 1 (PEP 1). “É um protocolo normal. Nós temos que fazer incursões em todas as unidades para verificar a normalidade”, afirmou. As atividades de alimentação, assistência médica e jurídica seguemnormalmente.
Segundo Cartaxo, a perda física no PEP 1 foi mínima: um muro e uma coluna de concreto que foram derrubados. Ambos serão refeitos. Até lá, o espaço permanecerá isolado.
Ações preventivas
O secretário estadual de Segurança Pública, Wagner Mesquita, disse neste domingo (15), em entrevista coletiva, que o poder públçico paranaense já vinha tomando ações preventivas no sistema prisional desde outubro, quando a inteligência da polícia identificou o clima de guerra entre as facções criminosas. “Já estávamos em prontidão. Tanto é que a resposta hoje [contra a fuga em massa da Penitenciária Estadual de Piraquara 1 – PEP 1] foi adequada pela ótica policial. Precisamos somar ações ostensivas também no interior do estado (Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel), onde pode haver atuação do crime organizado”, disse Mesquita. O sistema prisional paranaense tem, segundo o secretário, 20 mil detentos.
Segundo ele, as medidas já aplicadas foram o aumento das revistas e a movimentação dos presos para evitar que em eventual confronto houvesse mortes. “Nós também começamos a fazer um mapeamento mais efetivo da movimentação desses presos. Já havíamos reforçado a guarda dessas unidades, comunicando a polícia civil e a polícia militar”, afirmou o secretário, citando também uma divisão dentro do serviço de inteligência dedicado exclusivamente às facções.
Sinal de celulares
O projeto de bloqueio de sinal de celular nas unidades prisionais deve ser retomado após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido que os custos desses bloqueadores não ficariam a cargo das operadoras de telefonia. “Nós já temos um projeto para os bloqueadores, porém, é custoso”, afirma o secretário, que destacou ainda a importância da implementação das visitas virtuais e as audiências feitas por videoconferência, uma maneira de diminuir a necessidade de escolta e, consequentemente, a exposição do preso.
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