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Frio atinge todo o país

A madrugada de ontem foi a mais fria do ano em 12 capitais brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Todas as do Sul, Sudeste e Centro-Oeste bateram recordes de temperatura mínima. Até Porto Velho, em Rondônia, entrou para a lista, com 14,2ºC. A previsão é de que as temperaturas voltem a subir no fim de semana.

Em Porto Alegre, a mínima foi de 5,2ºC. Em Florianópolis, de 8,4ºC. A mínima em Belo Horizonte foi de 13ºC. Rio de Janeiro registrou 16,5ºC e Vitória, 17,6ºC – a mínima mais alta entre as capitais do país. Em São Paulo, a temperatura chegou a 8,5ºC, a mais baixa desde setembro do ano passado, e a menor no mês de maio desde 2000

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Faltando cerca de um mês para o início do inverno, o Paraná registrou ontem o dia mais frio do ano até o momento: -0,9ºC em Palmas. Em Curitiba também foi verificada a temperatura mais baixa de 2007: 3,8ºC. Com pouca nebulosidade, a massa de ar frio trouxe a geada para praticamente quase todo o estado, exceção feita ao litoral. "Geou em Curitiba e região, nos Campos Gerais, no Centro-Sul e no Oeste do estado. Até no Norte tivemos uma geada mais fraca", informa o meteorologista Marcelo Brauer, do Instituto Tecnológico Simepar.

A queda nos termômetros se explica pela passagem de uma massa de ar frio, oriunda da Argentina, que ruma para o Oceano. Por isso, segundo Brauer, a tendência é de que, a partir de hoje, o frio diminua. "Mas não dá para esperar um aquecimento instantâneo. As mínimas em Curitiba devem ficar entre 4ºC e 6ºC e no domingo já chegam a 8ºC", ressalta. Em Palmas, a temperatura varia entre 2ºC e 13ºC. A possibilidade de geada para hoje e amanhã é menor, já que, além do aumento nas temperaturas, a presença de nuvens será maior. Até terça-feira, de acordo com o Simepar, não há previsão de chuvas.

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De acordo com a Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, as baixas temperaturas resultaram num aumento de procura em 30% nos albergues da cidade.

Neve

Apesar do frio intenso, a chance de nevar em Curitiba, como ocorreu em 1975, é remota. Para que o fenômeno se repita, de acordo com Brauer, é necessário uma combinação de fatores, que envolvem temperaturas negativas, precipitações e muita umidade. "Nossas massas de ar são geralmente quentes."

Segundo ele, não é impossível que a neve volte a ser vista na capital paranaense, mas improvável. "Estamos quase na zona dos trópicos. Mas não podemos afirmar que não vai acontecer." O frio intenso também pode facilitar a formação de granizo.