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Curitiba

Após identificação de skinheads, polícia pede prisão preventiva de acusados

Imagens de câmeras de segurança mostram suposto grupo de skinheads que teria assassinado um jovem de 18 anos no bairro São Francisco | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Imagens de câmeras de segurança mostram suposto grupo de skinheads que teria assassinado um jovem de 18 anos no bairro São Francisco (Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo)
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Gabriel de Oliveira Cata Preta foi reconhecido nas imagens pela própria mãe |

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Gabriel de Oliveira Cata Preta foi reconhecido nas imagens pela própria mãe

Carlos Rodrigo Saraiva foi reconhecido por um jovem que estava com a vítima no dia do crime |

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Carlos Rodrigo Saraiva foi reconhecido por um jovem que estava com a vítima no dia do crime

A polícia vai pedir a prisão preventiva de três acusados de integrar um grupo de skinheads que perseguiu e matou Lucas Augusto Carvalho, de 18 anos, no dia 5 de setembro em Curitiba. Os membros da facção foram identificados pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que divulgou imagens dos acusados: Gabriel de Oliveira Cata Preta, de 18 anos, Fernando Santana, de 28 anos, e Carlos Rodrigo Túlio Saraiva, de 27 anos.

Na semana passada, a Gazeta do Povo divulgou imagens das câmeras de segurança do Shopping Muller, que flagraram o instante em que os skinheads se reuniram em frente ao estabelecimento. A partir da divulgação das imagens, a polícia levantou a identidade dos suspeitos.

Cata Preta (que aparece na foto usando boina) foi denunciado à polícia pela própria mãe, que reconheceu o filho nas imagens divulgadas pela Gazeta. Depois disso, o rapaz teria fugido para a cidade de São Paulo, onde estaria escondido. "Ela confirmou que o acusado é um skinhead. Em outra oportunidade, ele teria fugido de casa e foi encontrado pela mãe em uma residência onde viviam vários integrantes de uma destas facções", disse o delegado Vinícius Martins, responsável pelas investigações.

Morto por engano

De acordo com a polícia, Carvalho foi assassinado porque foi confundido com um punk que dois meses antes teria atacado um grupo de skinheads. Cata Preta teria sido uma das vítimas deste atentado e teria levado uma facada dos integrantes do grupo rival. "Entretanto, as investigações apontaram que Carvalho não era punk e que foi morto por engano", apontou o delegado titular da DFR, Silvan Rodney Pereira.

Um dos acusados, Saraiva chegou a ser detido e prestou depoimento na delegacia. Segundo a polícia, ele confirmou que integrava o grupo de skinheads, mas negou que tenha participado do assassinato de Carvalho. Entretanto, dois rapazes que estavam com a vítima no dia do crime reconheceram o acusado como um dos que participou da perseguição. Como não houve flagrante, Saraiva foi liberado.

O outro acusado, Santana, trabalha em um estúdio de tatuagens próximo ao Shopping Muller. No local, a polícia encontrou o computador dele, que continha diversas imagens alusivas aos skinheads. O acusado já tem passagem pela polícia, por tráfico de drogas.

Contribuição da sociedade

Outras nove pessoas que podem ter envolvimento com o crime ainda não foram identificadas. Nas imagens da câmera de segurança do shopping, aparecem dois homens que foram identificados como "Girino" e "Sapo", além de seis integrantes de um grupo que moram em Piraquara, na região metropolitana. A polícia conta com informações que podem ser repassadas anonimamente pelos telefones 181 e (41) 3218-6100.

Crime

Lucas Carvalho e outros cinco amigos haviam ido ao Shopping Muller no dia 5 de setembro. Por volta das 19h15, o grupo deixou o local, quando passou a ser perseguido por pelo menos dez homens, supostamente skinheads – entre os quais os sete que aparecem nas imagens. Eles correram por quatro quadras, até Rua Inácio Lustosa, no São Francisco, quando se separaram.

Carvalho e outro amigo fugiram em direção ao Cemitério Municipal, onde cada um foi para um lado. Os perseguidores alcançaram Carvalho, que foi atingido por cinco facadas – quatro no abdome e uma na perna. Os agressores fugiram, levando a carteira e o celular da vítima. Carvalho morreu no hospital.

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