Depois de exatos 12 meses da entrega do neto S. para o pai americano David Goldman, a avó Silvana Bianchi recebeu um presente de Natal na noite do último dia 24: um telefonema do menino de 10 anos, com quem não falava havia seis meses. "A ligação me pegou de surpresa e foi muito bom ter falado com ele. Contei da nossa batalha de um ano para poder visitá-lo, disse que não nos esquecemos dele em nenhum minuto do dia e que nossa luta tem sido grande", afirmou.
O menino, no entanto, pouco contou nos cinco minutos de duração da ligação, de acordo com a avó. Além da dificuldade de se expressar em português, Silvana afirma ter notado um misto de emoção e falta de espontaneidade no garoto. Para ela, S. foi o tempo todo monitorado e proibido de perguntar ou falar o que queria. "Ele não entrou em detalhes sobre a vida dele, só falou que estava de férias por dez dias, que estava bem e saindo para jantar. Sabe como é, um menino de 10 anos já não é muito de conversa. Ele escutou apenas, não perguntou sobre nós nem sobre a irmã", afirmou.Briga jurídica
S. foi levado para os Estados Unidos para ser criado pelo pai, o americano David Goldman, um ano e meio depois da morte de sua mãe brasileira, a estilista carioca Bruna Bianchi, que morreu aos 34 anos, horas depois de dar à luz a irmã de S.
Bruna e Goldman casaram-se nos Estados Unidos em 2000. Quando S. tinha 4 anos, ela veio passar férias no Rio de Janeiro, com autorização de Goldman, mas ao chegar à cidade decidiu separar-se e obteve a guarda de S. na Justiça. Goldman entrou com ação pedindo o repatriamento do filho com base na Convenção de Haia, que regulamenta o sequestro internacional de crianças.
Em dezembro de 2009, o Supremo Tribunal Federal determinou que o menino fosse entregue ao pai, o que aconteceu na véspera do Natal. Desde então, a família brasileira tenta na Justiça americana obter autorização para visitar S. Na semana passada, Silvana sofreu mais uma derrota jurídica, quando não foi permitida uma visita consular ao menino. Nela, diplomatas brasileiros se encontrariam com S. para se certificarem de que ele está bem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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