Após oito dias, africana recebe documento para voltar ao Níger

A nigerina Hadijatou Aboubacar Anadou finalmente conseguiu documentos e vai voltar para o seu país. Funcionária do Ministério da Educação do Níger - país africano ao norte da Nigéria -, ela veio participar da Rio+20 e, no dia 23 de junho, véspera de voltar para casa, teve dinheiro, cartão e documentos, inclusive passaporte, roubados durante um passeio ao Shopping Rio Sul.

Às 18h desta segunda-feira (2), um "laissez-passer", espécie de passaporte de emergência, chegou à casa onde a nigerina está hospedada, na Zona Norte. Este documento garante que ela possa fazer todo o percusso, que conta com escalas, sem ter problemas. Ao ver o passaporte o semblante da nigerina mudou completamente. Ela passou do choro ao riso em segundos.

"Ela está super feliz. Não vê a hora de embarcar logo. Já até começou a fazer as malas. Ela até parou de chorar e já está brincando, rindo", contou a tradutora Elida Hederick Vieira, em cuja casa a africana está hospedada.

Hadijatou planejava acordar cedo nesta terça-feira (3) para terminar de arrumar as coisas e se despedir melhor da sua nova amiga brasileira. O voo está marcado para a tarde.

O drama de Hadijatou piorou no domingo (1º), ao chegar no Aeroporto Internacional Tom Jobim. A africana foi à delegacia local, registrou a ocorrência e, apesar de estar com a cópia do passaporte, foi impedida pela companhia aérea Alitalia de embarcar no voo, como fizeram outros integrantes da delegação de seu país. Desesperada e chorando muito, Hadijatou foi amparada pela tradutora Elida, que estava no aeroporto acompanhando outros estrangeiros que participaram da conferência. Desde então, conforme informou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, ela está abrigada na casa de Elida. A tradutora tentou ajudar a nova amiga a voltar para seu país de origem.