O governo do Paraná realizou, na terça-feira (12), um pregão-eletrônico para alugar 200 viaturas de porte pequeno para a Polícia Militar (PM). Se a licitação for homologada, o aluguel de cada veículo vai custar R$ 3.054 por mês. O valor anual da frota locada será de R$ 7,3 milhões. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o custo ficou 45% abaixo do teto estipulado no processo licitatório.
Os novos carros serão destinados ao patrulhamento de Curitiba e Região Metropolitana. A locação das viaturas foi anunciada pela Sesp em abril, após uma série de restaurantes de Curitiba terem sido assaltados. Se a experiência for positiva, o governo pode estender o aluguel de veículos policiais para outras regiões do estado. Neste ano, o governo chegou a admitir que mais de 1,4 mil viaturas estavam encostadas por falta de manutenção.
Segundo a Sesp, os veículos locados serão equipados com radiocomunicador criptografado, com equipamentos sonoros e com sistema que permite acompanhamento do deslocamento em tempo real, por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). As viaturas serão usadas em locais que estejam com maior incidência criminal, conforme a Secretaria. A locação deve dobrar o número de carros policiais rodando em Curitiba e região metropolitana.
A Sesp avalia ainda que a locação é mais vantajosa do que a compra, porque a empresa vencedora da licitação será responsável também pela manutenção dos veículos. “Estas 200 viaturas poderão rodar diariamente sem interrupção. Quando for necessário fazer manutenção básica, como troca de óleo e filtro, o carro será deixado na locadora, a quem caberá fazer e custear o serviço, e outra viatura será disponibilizada pela empresa – sem que seja interrompido o trabalho de patrulhamento da PM”, destacou a secretaria, por meio de nota.
A Associação dos Praças da PM do Paraná (APRA-PR), por sua vez, vê a questão com cautela. O presidente da entidade, Orélio Fontana Neto, chamou a atenção para o custo da locação, o que, segundo ele, deveria ser “criteriosamente avaliado”.
“A questão é mais profunda e requer um estudo do custo-benefício desta forma considerada emergencial de suprir a falta de viaturas”, disse. “Mas a questão não reside somente neste ponto. O armamento da polícia está apresentando problemas, assim como os coletes, há falta de alimentação e outros pontos essenciais à logística da corporação”, acrescentou.
Histórico
O problema das viaturas encostadas – “baixadas”, na gíria policial – por problemas mecânicos vem se arrastando ao longo dos últimos anos. Em maio de 2015, por exemplo, a Gazeta do Povo mostrou que apenas uma das 41 viaturas do 23.º Batalhão da PM estava rodando. As outras 40 estavam paradas, aguardando manutenção.
Antes disso, viaturas da região de Curitiba que precisavam de conserto eram enviadas a oficinas mecânicas de Guarapuava, no Centro-Sul do estado. O motivo: o governo do estado não tinha mais crédito para providenciar os reparos em oficinas de Curitiba.
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