O patrulhamento foi reforçado nesta terça-feira (22) no trecho da Linha Amarela, onde, na segunda-feira (21), criminosos sequestraram e queimaram um ônibus. Uma disputa entre traficantes rivais, que já dura quatro meses, tem deixado moradores das comunidades próximas e motoristas que passam pela via expressa inseguros.
Com a ajuda do carro blindado, policiais militares do Batalhão da Maré passaram a tarde em um dos acessos à Vila dos Pinheiros. De acordo com a polícia, os confrontos começaram em maio, depois da fuga do traficante Nei da Conceição Cruz, conhecido como Facão. Ele ganhou o direito ao regime semiaberto e não voltou à cadeia.
Os investigadores acreditam que a ação dos criminosos foi uma reação às operações da polícia na favela. Segundo a PM, nos últimos dois meses, 20 suspeitos foram presos.
"Todos os dias eu recebo mais de dez telefonemas de comunidade, de pessoas da comunidade denunciando os traficantes. E todos os dias nós estamos fazendo operações pra checar essas denuncias e graças a Deus estamos conseguindo êxito aí em prendê-los", disse o comandante do batalhão, tenente-coronel Amaury Soares.
Ônibus incendiado
Na segunda-feira (21), um ônibus foi incendiado e sequestrado por criminosos na Vila dos Pinheiros. Segundo testemunhas, quatro homens armados entraram no coletivo, num ponto na Ilha do Fundão, no entroncamento da Linha Vermelha com a Linha Amarela, e obrigaram o motorista a desviar para o interior da favela. O ônibus é da linha de integração do Metrô.
Ao chegar na Rua do Canal, na Vila dos Pinheiros, os suspeitos assaltaram os 47 passageiros, mandaram eles descerem e atearam fogo ao veículo. Segundo informações da polícia, o motorista acredita que os criminosos incendiaram o ônibus por suspeitar da existência de câmeras de segurança no interior do veículo.
Bombeiros do quartel do Caju controlaram as chamas e informaram que não houve feridos.
