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A Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) rompeu o contrato de trabalho com o Instituto das Águas de Paranavaí, após dois detentos que cumprem pena em regime semiaberto se tornarem suspeitos de estupro contra duas meninas, de 11 e de 12 anos. Por conta do convênio, eles e mais 14 presos, todos da Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM), trabalhavam no instituto, que fica próximo à Escola Estadual Curitiba, onde as vítimas estudam.

O contrato foi suspenso, a princípio, por 15 dias. Na manhã desta quinta-feira (7), nenhum dos 16 detentos foi levado ao instituto para trabalhar. A decisão pelo rompimento se deu na tarde de quarta-feira (6) para não atrapalhar as investigações. A Seju informou que, caso se comprove que os outros 14 presos não assediaram alunas da escola, o convênio será retomado. A alegação é de que o grupo não pode ser punido pelos atos de uma minoria, no caso os dois homens acusados de estupro. Estes, se condenados, voltarão para o regime fechado.

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Paranavaí, Raphael Otávio Bueno Santos, disse que, se após os 15 dias os detentos voltarem a trabalhar no instituto, haverá uma mobilização contrária, por parte do órgão e da própria população. "Não vamos aceitar que eles voltem nas mesmas condições, sem que haja investimento na segurança."

À reportagem, a diretora da escola afirmou que a situação é preocupante e que teme o retorno dos detentos ao Instituto das Águas. "Antes do fato [os supostos estupros], não havia temor. Hoje, como foi comprovada a ousadia dos presos e a falta de segurança, nos sentimos ameaçados."

A direção do Instituto das Águas de Paranavaí foi procurada pela reportagem e informada de que, até as 9h20 desta quinta-feira (7), não havia sido notificada da decisão da Seju.

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