A presidente nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia Falcón, virá ao Paraná no dia 21 de outubro para tratar de questões agrárias, principalmente na região Centro-Sul onde o conflito entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a empresa Araupel, que atualmente tem duas áreas ocupadas por aproximadamente 1,5 mil famílias, tem se acirrado nos últimos meses.

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Falcón marcou a visita após a pressão do MST, que bloqueou a rodovia BR-277 durante três dias, em Nova Laranjeiras, para pedir agilidade no assentamento de famílias acampadas em terras da empresa Araupel. O movimento mantém dois assentamentos em terras da empresa, um em Rio Bonito do Iguaçu e outro em Quedas do Iguaçu.

O Incra informou que a pauta apresentada pelo MST para desbloquear a pista é extensa e são questões que já estão sendo trabalhadas pelo órgão. Sobre o acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu, o Incra informou ao MST que até o final da próxima semana decidirá internamente se entra ou não com ação judicial de nulidade dos títulos da área. Um estudo da cadeia dominial da área feito pelo Incra apontou que as terras não pertencem a Araupel e sim à União.

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Os sem-terra desbloquearam a rodovia, mas mantém fechada a ponte sobre o rio das Cobras, um dos acessos à empresa Araupel.

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