Horas depois de um protesto que reuniu seis mil pessoas pedindo melhorias no transporte público, os 600 motoristas de ônibus de Bauru, na região noroeste do Estado de São Paulo, entraram em greve na madrugada desta sexta-feira, 21. Cerca de 100 mil usuários do transporte coletivo ficaram sem ônibus para ir ao trabalho. Desde a madrugada e até as 7h30, todos os ônibus permaneciam nas garagens das empresas.
O sindicato da categoria fez uma lista com o nome dos motoristas que iriam trabalhar para garantir que 30% da frota estivessem nas ruas, conforme determina a legislação, mas os motoristas temiam ações de vandalismo. Ainda não estava decidido se os ônibus iriam circular com as catracas livres, como queriam os estudantes. Os motoristas reivindicam reajuste salarial de 12% e aumento de R$ 30 no vale-alimentação, além de participação nos lucros das empresas.
A manifestação, na noite de quinta-feira, foi pacífica. Estudantes querem a redução na tarifa, que varia de R$ 2,63 a R$ 2,80. A prefeitura já reduziu o valor em R$ 0,10 no último dia 11, mas os usuários consideram a medida insuficiente, pois querem também a melhoria no transporte. Em ato anterior, na noite de terça-feira, os manifestantes invadiram e depredaram o prédio da prefeitura.
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