Motoristas e cobradores da empresa CCD anunciaram na manhã desta segunda-feira (23) o fim da greve que paralisou por quatro horas as 34 linhas atendidas pela companhia em Curitiba. Cerca de 700 trabalhadores cruzaram os braços por causa do atraso no pagamento dos salários. De acordo com o sindicato da categoria (Sindimoc), os valores já foram depositados na contas dos funcionários por volta das 8h e, logo em seguida, os ônibus começaram a circular.
De acordo com o sindicato das empresas de transporte, o Setransp, às 11h30 todos as linhas já circulavam normalmente.
Confira a lista das possíveis linhas afetadas pela greve neste início de manhã
A greve foi decidida nesta madrugada em assembleia e paralisou várias das linhas operadas pela CCD, que atende alguns dos trechos mais utilizados pelos usuários do transporte público na capital, como o Inter 2 e o expresso Centenário-Campo Comprido.
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Leia a matéria completaSegundo os funcionários, a CCD não havia realizado os pagamentos dos vales salariais que deveria ter sido feito até o último dia 20. Os motoristas e cobradores da Tamandaré Filial seguem no aguardo dos depósitos - que ainda não foram feitos.
Por isso, há possibilidade de novas interrupções no serviço nesta semana. De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, a empresa Tamandaré Filial segue com indicativo de greve. Uma nova assembleia será realizada na madrugada desta terça-feira (24).
Mas, segundo o Setransp, a previsão é que o pagamento dos motoristas e cobradores da Tamandaré Filial também seja feito na manhã desta segunda-feira.
Além disso, o Sindimoc, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que durante a assembleia realizada logo após os pagamentos serem feitos, funcionários da CCD já deixaram indicativo de greve aprovado para o quinto dia do mês de fevereiro. Isso seria uma maneira de tentar garantir que o próximo salário não seja depositado com atraso.
Atraso pontual
Em nota encaminhada ainda no domingo (22), o Setransp informou que o atraso no pagamento das duas empresas se deu porque o repasse foi feito no fim da última sexta-feira (20) e não houve tempo hábil para transferir os recursos para a conta dos trabalhadores. As empresas teriam avisado seus funcionários sobre isso e pedido sua compreensão.
No entanto, para o presidente do Sindimoc, a questão da CCD é um pouco mais delicada do que apenas o atraso do último pagamento.
“Essa é uma situação que vem se repetindo ao longo dos últimos anos. Os atrasos são recorrentes e o pessoal está cansado disso”, explica. “Estamos tentando encontrar uma solução”. Ainda assim, ele afirma que a paralisação deve se encerrar tão logo os valores sejam depositados.
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