Escolas da rede municipal de São Paulo estão há cerca de um mês sem receber feijão para a merenda escolar. De acordo com a prefeitura, algumas escolas se queixaram de que estariam recebendo feijão com caruncho, um tipo de inseto, por isso foi suspenso o envio do lote do alimento para as demais escolas. A normalização do abastecimento deve acontecer até o fim do mês de abril.
Ainda segundo a prefeitura, está previsto em contrato que “qualquer alimento não conforme por parte das unidades educacionais” deve ser devolvido. Os fornecedores já foram notificados a retirar os produtos e substituir todo o lote de feijão nas escolas. “Este processo demanda tempo para ocorrer em virtude do preparo do novo lote, que passa por etapas como embalagem, elaboração de laudos técnicos e certificados de classificação, até a distribuição nas escolas”, informou a Prefeitura em nota.
No entanto, a prefeitura garantiu que o feijão foi substituído por alimentos que garantem o “balanceamento nutricional dos alunos”. As nutricionistas da Coordenadoria de Alimentação Escolar (Codae) orientou as escolas, durante o período em que ficarem sem o feijão, para enriquecer o arroz com legumes e incrementar carnes e frutas na merenda.
“Folhas verdades escuras, como escarola, e legumes como beterraba e berinjela, também são fontes de ferro, encontradas no feijão. O feijão oferece ainda a proteína e a vitamina B, que são encontradas nas carnes e nos leites e seus derivados, alimentos também oferecidos aos alunos na oferta diária de refeições”, explicou.
Em uma creche conveniada no Cambuci, região central da capital, uma funcionária, que pediu para não ser identificada, disse que usaram o feijão que havia sobrado de outros meses para garantir a refeição completa das crianças nas últimas semanas. No entanto, ela disse que o estoque já estava no fim e que o alimento não havia sido reposto. Ela disse que os funcionários já cogitavam comprar o feijão com recursos da unidade.
Na última semana, 103 escolas da rede municipal da região do Jaçanã e Tremembé, na zona norte da capital, ficaram sem merenda por três dias, após a empresa que fornece os alimentos cancelar o contrato com a prefeitura. Algumas unidades dispensaram os alunos das aulas e outras pediram para que os pais mandassem lanche para os filhos.
Alimentação
Em nota, a prefeitura disse ainda que fornece mais de 2 milhões de refeições por dia a 919 mil alunos da rede municipal. “O programa segue padrões rigorosos de higiene e qualidade, além de garantir as necessidades nutricionais dos alunos durante o tempo de permanência na escola. As empresas contratadas para fornecer as merendas que descumprirem esses padrões são punidas pela Secretaria Municipal de Educação nos termos dos contratos vigentes, com advertência ou multa”, informou.
“As refeições oferecidas contam com variedade de alimentos in natura. Determinados itens são distribuídos conforme sazonalidade de produção ou podem apresentar problemas no processo de distribuição e armazenamento. Nesses casos, os alimentos são substituídos sem afetar a qualidade nutricional das merendas, que seguem diretrizes e objetivos definidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Para os Centros de Educação Infantil (CEIs), o Guia Alimentar para a Crianças Menores de 2 anos (Ministério da Saúde) e o manual da Sociedade Brasileira de Pediatria também são referências adotadas, além do Guia Alimentar para a População Brasileira 2014”, completou.
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