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Curitiba

Após rebelião, Sesp promete desativar carceragem do 11º DP

A prisão do 11º Distrito Policial, localizado na Cidade Industrial de Curitiba, será desativada, segundo anunciou a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) nesta segunda-feira (12). Até o próximo final de semana (16 a 18), todos os presos devem ser transferidos. O fechamento da prisão foi motivado pela rebelião do último sábado (10), que comprometeu as instalações da delegacia.

Nesta segunda-feira, dez presos devem ser levados para o Centro de Triagem II, na cidade de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, de acordo com a Sesp. Com essas transferências, 21 foram removidos da delegacia desde o sábado. Segundo a Segurança, a delegacia será reformada. "Houve a destruição total do distrito [policial]. Já que aconteceu essa tragédia, tem que aproveitar para fazer a reforma geral, incluindo parte hidráulica e elétrica", disse o delegado titular do 11º DP, Gerson Alves Machado.

Para Machado, a situação da delegacia "já não era das melhores": "O distrito é velho, tem vários anos de construção, tem a ação do tempo, já teve outras rebeliões, mas nenhuma dessas proporções", relata. Em março, a Vigilância Sanitária de Curitiba pediu o fechamento da prisão do 11º DP por considerar o lugar insalubre.

A reportagem solicitou uma entrevista com algum delegado da Divisão Policial da Capital, órgão responsável por comandar os distritos policiais de Curitiba, mas não obteve retorno.

Rebelião

O tumulto do final de semana ocorreu quando alguns internos tentaram render um policial que distribuía as refeições. O detento José Gonçalves de Lima Sobrinho, de 29 anos, foi morto e outros três ficaram feridos.

Segundo informações da Agência Estadual de Notícias, a confusão ocorreu por volta das 11h30 da manhã de sábado quando, em posse de facas improvisadas, os detentos de uma das celas tentaram fazer refém o policial que distribuía as refeições. Eles entraram em luta corporal com o agente. Um outro oficial que presenciava a situação efetuou disparos com uma arma na tentativa de conter os detentos. Os tiros feriram três presos que estavam envolvidos no tumulto: Alexandre Rafael de Lima, de 25 anos, Gelton Acácio Camilo Ramalho, de 29, e André Batista Diogo, de 27 anos.

A situação só foi controlada por volta das 15h com a chegada de equipes do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especiais) e da Polícia Militar. Na negociação com os policiais, os detentos pediram a transferência de alguns presos.

Cinco detentos que lideraram o princípio de serão autuados por tentativa de homicídio de um policial e por homicídio de um preso.

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