Os moradores do bairro Jardim Maria Cecília, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, comemoram a saída da Usina de Triagem de Materiais Reciclados da Rua Medianeira. Após diversos abaixo-assinados encaminhados à prefeitura, os responsáveis pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente retiraram a usina do local.
Mas nem tudo foi resolvido. O terreno que era ocupado pela usina ainda continua sujo, apesar do acúmulo de lixo ser bem menor do que há dois meses. Segundo o secretário do Meio Ambiente, José Tadeu Motta, ficaram no pátio apenas 20 sacos de material reciclado e alguns monitores de computador que já foram vendidos e, por isso, devem ser retirados em breve pelo comprador.
Na opinião dos moradores, somente quando o terreno estiver totalmente limpo é que os problemas com ratos e moscas serão resolvidos. "Quando eles começaram a limpar, encontraram diversos ratos mortos no terreno. Isso porque a vigilância sanitária jogava veneno para matar os bichos, mas eles nunca eram removidos", afirma a moradora Claudia Souza Cardoso. Segundo ela, a promessa da prefeitura é retirar todo o lixo acumulado. "Desde que começaram a tirar os entulhos, nenhum rato apareceu mais aqui em casa. Mas não está tudo resolvido, ainda tem muita imundice lá dentro", diz.
Motta confirmou à reportagem que em mais duas semanas todo o terreno deve estar limpo. "Começamos a mudança no dia 14 de maio e agora falta muito pouco para finalizar esta questão", afirma. Como a prefeitura não esperava pela retirada da usina, ainda não está definido o que será feito com o terreno baldio. "Provavelmente ele vai entrar no orçamento do ano que vem para, então, a prefeitura decidir o que fazer", relata Motta.
A Gazeta do Povo noticiou no dia 6 de maio os problemas causados pelo lixão, como era chamado pelos moradores. Apesar de ser uma usina responsável pela separação do lixo reciclável, muita sujeira ficava acumulada no terreno. Em conseqüência disso, os moradores viviam uma verdadeira batalha com os funcionários da usina. "Tinha muitos ratos, moscas e até focos do mosquito da dengue, por causa do acúmulo de água. Uma vez uma ratazana machucada entrou na minha casa. Foi um horror", conta a moradora Claudia.
A usina foi transferida para a zona rural do município, no bairro Campo Largo da Roseira. Segundo o secretário do Meio Ambiente, no novo endereço não há nenhuma residência nas proximidades e também não está prevista a expansão da cidade para lá. "Mas tudo isso é relativo. Há 15 anos, quando a usina foi instalada no antigo endereço, ali também não existiam residências", diz Motta.
