Quem precisou do telefone de alguma equipe do projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante) nesta segunda-feira (16) e tentou procurar no site da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) acabou não encontrando a informação. No domingo, um dia após a denúncia publicada na Gazeta do Povo sobre o mau funcionamento dos celulares da Polícia Militar, os telefones não estavam mais disponíveis. O governo admitiu que os mandou retirar.
A matéria mostrou que, dos 71 telefones celulares do projeto Povo de Curitiba, apenas oito (11% do total) atenderam da maneira prevista, no carro da PM. Em 33 casos, o telefone sequer foi atendido. Em outros 30, houve resposta, mas o celular estava dentro da sede das companhias de polícia, sendo usados como telefones fixos. As ligações foram feitas durante três dias, na semana passada, entre às 19h e 20h.
Segundo nota da assessoria de imprensa da PM, o Coronel Jorge Costa Filho tomou conhecimento das falhas por meio da reportagem da Gazeta do Povo. Embora afirme que 66 dos 71 telefones estão em funcionamento, o texto diz que o comando da capital pediu para os Batalhões um levantamento da situação dos aparelhos.
Mesmo sem os dados do levantamento, que devem ser divulgados na terça-feira (17), a PM reiterou que os telefones estavam operantes e poderiam ser consultados pelo site da Sesp. Só que os telefones foram retirados do ar ainda no fim de semana.
Em um primeiro momento, a Sesp afirmou que houve um problema com a Companhia de Informática do Paraná (Celepar), órgão responsável pela manutenção dos sites do governo. O diretor da Tecnologia da Informação da Celepar, Claudio Dutra, no entanto, respondeu que os telefones foram retirados à pedido da secretaria intencionalmente.
A reportagem voltou a ouvir a Sesp, que admitiu ter retirado os telefones para uma atualização dos números. O governo afirmou ainda que a lista estará novamente disponível na terça-feira.