Depois de nove meses, a estátua de Tiradentes voltou ao marco zero e à praça que leva seu nome, no Centro de Curitiba. Completamente restaurada, a peça de bronze de 2,3 metros de altura e 350 quilos de peso foi recolocada no seu local de origem na noite deste domingo (20).
Veja as fotos da recolocação da estátua de Tiradentes
A estátua, produzida pelo artista João Turin em 1922, foi retirada da praça em julho de 2013 para um trabalho de restauração e recuperação. Na época, imaginava-se que o trabalho demoraria poucos meses. No entanto, em função da complexidade do processo e da importância da escultura, o trabalhou acabou sendo mais demorado do que o previsto. "Ela demandou alguns tratamentos especiais e mais trabalhosos do que o previsto, mas pelo menos conseguimos devolver a imagem à praça um dia antes do dia de Tiradentes", comemorou o prefeito Gustavo Fruet (PDT).
Este foi o primeiro restauro da peça de mais de oitenta anos. "Ela já estava bastante danificada e era necessário fazer um trabalho como este. Agora ela está pronta para enfrentar muitas novas décadas", afirmou o diretor de Patrimônio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Mauro Tietz.
O Atelier João Turim, responsável pelo trabalho e que detém os direitos de todas as obras do artista, também reconstituiu o molde de gesso da obra o original estava danificado. Desta forma, como parte do contrato de reconstituição da peça, o atelier pode produzir outras onze reproduções da obra original.
Origem
A obra foi produzida em Paris no início da década de 20 e doada para a colônia italiana de Curitiba em 1927, quando o grupo comemorava 50 anos que havia chegado à cidade.
Junto da estátua, foram recolocadas duas novas cápsulas do tempo, com mensagens para o futuro. Quando a imagem foi retirada, em 2013, uma carta do artista João Turim foi encontrada com detalhes técnicos sobre a obra e uma mensagem para quem encontrasse a mensagem no futuro.
O teor das novas mensagens foi mantido. Em uma delas foi feito o relato sobre a remoção da estátua para restauro e como o trabalho de recuperação da peça foi feito. Na mesma mensagem há também um resumo do histórico da peça e como foi a descoberta das cartas originais.
Na outra, há uma mensagem assinada pelo presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, descrevendo como é a cidade hoje, em uma espécie de relato para quem a encontrar no futuro.
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