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Depois de reunião com o governo, Policiais Federais pretendem realizar novas operações-padrão, como as que atrasaram os voos no Afono Pena no último dia 9 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Depois de reunião com o governo, Policiais Federais pretendem realizar novas operações-padrão, como as que atrasaram os voos no Afono Pena no último dia 9| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Reivindicações

As principais reivindicações da categoria são a reestruturação do plano de cargos e carreiras, a ampliação de efetivo policial e uma maior valorização da corporação. Sobre o aspecto salarial, os policiais querem um piso de R$ 12 mil para os empregados com nível superior completo, já que atualmente as categorias de agentes, escrivães e papiloscopistas – mesmo com graduação universitária – partem da remuneração de R$ 7,7 mil.

Policiais federais decidiram nesta quarta-feira (15) manter a greve da categoria. A Federação Nacional da Polícia Federal (Fenapef) optou pela paralisação depois de uma reunião com representantes do Ministério do Planejamento, em Brasília. Como reação ao resultado do encontro, os manifestantes prometem intensificar as operações-padrão em todo o Brasil. No Paraná, as fiscalizações detalhadas devem gerar tumulto na quinta-feira (16) no Aeroporto Afonso Pena, no Porto de Paranaguá e na Ponte da Amizade. Ainda não há previsão de horário para o início da operação.

O diretor da Fenapef no Paraná, Naziazemo Florentino Santos Junior, classificou a conversa entre a categoria e o governo desta tarde como "reunião para marcar outra reunião". "Já está decidido e confirmado, posição unânime dos presidentes do sindicato do Brasil inteiro. A situação é desesperadora, o governo não está dando a mínima para nós", disse.

O dirigente projeta que a intenção do movimento grevista é paralisar todos os serviços da PF, inclusive a emissão de passaportes, pelo menos até terça-feira (21), quando representantes do governo e da corporação sentam novamente à mesa para outra rodada de negociações.

Desde que a greve começou, no último dia 7, a suspensão do serviço foi temporária. Houve períodos no qual houve a suspensão do atendimento na Superintendência da PF em Curitiba e outros em que apenas documentos de emergência foram emitidos.

Entre as manifestações feitas pelos policiais federais estiveram operações padrão em momentos diferentes na Ponte da Amizade, no Porto de Paranaguá e no Aeroporto Afonso Pena. A proposta dos grevistas é fazer agora ações simultaneamente e em todo o Brasil, conforme alega o diretor da Fenapef.

Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão rebateu a acusação de que o governo não teria apresentado uma proposta aos policiais federais. Segundo o órgão, durante a conversa, os representantes da PF alegaram que não iriam ouvir detalhes do pacote preparado pelo Ministério se este não passasse por uma reestruturação da carreira. A pasta ouviu as reclamações e agora estuda o tema para tentar chegar a uma solução à pauta reivindicatória, que será apresentada na próxima terça-feira (21).

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