Índios se acorrentaram ao mastro da bandeira nacional em frente do Palácio do Planalto para protestar contra demora na demarcações de terras| Foto: REUTERS/Joedson Alves

Após uma reunião sem resultados concretos com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os índios que faziam um protesto em Brasília nesta quinta-feira (29) declararam "guerra" ao ministro e morte aos fazendeiros que disputam terras com eles.

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A principal reivindicação foi por agilidade na demarcação de terras, mas eles queriam também punição aos assassinatos de lideranças indígenas e a libertação de índios presos.

O cacique Uilton Tuxá, da Bahia, um dos 18 integrantes da comissão que esteve com o ministro, afirmou que foi a "pior" reunião com o governo federal da qual eles já participaram. "Ele [Cardozo] disse que não vai assinar nada. Que vai insistir na tentativa de construir mesas de diálogo", relatou Tuxá.

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Frustrados, os índios que estavam acorrentados em um mastro com a bandeira do Brasil foram soltos e pintaram parte da bandeira com tinta vermelha, declarando "guerra" ao ministro. "Por culpa dele, muitos fazendeiros vão morrer", disse um dos indígenas.

O protesto começou por volta das 8h, quando cerca de 300 índios, segundo estimativa da Polícia Civil, ocuparam a parte externa do Ministério da Justiça e impediram o acesso dos funcionários.

Depois de uma negociação, liberaram o acesso e foram recebidos pelo ministro Cardozo por volta das 16h30. Pouco antes disso, cinco índios se acorrentaram ao mastro, como protesto pela demora em serem recebidos.

Os índios estão em Brasília desde segunda-feira (26) para uma semana de mobilização e entraram em confronto com policiais na terça (27), durante protesto contra a Copa. Após a reunião com o ministro, eles foram embora de Brasília, mas prometeram novas mobilizações.

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