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Multas de trânsito

Após rompimento, Urbs estuda usar radar “móvel”

Sala de controle dos radares e lombadas eletrônicas de Curitiba: Urbs planeja obter até dez equipamentos estáticos | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Sala de controle dos radares e lombadas eletrônicas de Curitiba: Urbs planeja obter até dez equipamentos estáticos (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

A Urbs estuda utilizar radares estáticos para fiscalizar o trânsito na capital do Paraná. Essa é uma das medidas emergenciais para um possível desligamento do sistema de radares fixos da cidade. De acordo com a diretora de Trânsito da Urbs, Rosângela Battistella, a ideia poderá ser colocada em prática caso a Consilux não aceite repassar os equipamentos que estão nas ruas para a prefeitura.

"Caso a gente não chegue a um consenso [com a empresa], o radar estático seria uma solução técnica viável. Precisamos ter uma opção para não deixar a cidade totalmente descoberta", explica.

Outra proposta em análise é a aquisição de novos radares fixos e do software para gerenciamento do sistema via licitação. "Estamos buscando um programa que seja direcionado para utilização da Urbs, inclusive o setor de Tec­nologia de Informação da prefeitura está em busca de um software livre para esse serviço. Essa é uma proposta a médio prazo. Enquanto não tivermos esse aparelhos, utilizaríamos os radares estáticos", explica.

Mesmo que opte pelos equipamentos estáticos, a prefeitura terá de lançar uma licitação em caráter emergencial para adquirir entre cinco e dez aparelhos. A diferença para a versão atual é que o radar estático tem maior mobilidade, podendo ser transferido de um cruzamento para outro. O custo para essa operação ainda não foi estimado. "Nós já testamos este tipo de radar na Linha Verde e em vias expressas com resultados bastante satisfatórios. Além disso, radares estáticos também são utilizados com eficiência em capitais como São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis", diz Rosângela.

Revezamento

Atualmente, Curitiba tem 119 radares e 50 lombadas eletrônicas em funcionamento, número muito superior aos cerca de dez radares estáticos que a prefeitura pensa em adquirir. Para atender o município de maneira eficaz, a Urbs informa que os aparelhos podem ser utilizados em forma de revezamento, atendendo as vias mais perigosas.

Na avaliação de Marcelo Araújo, advogado especialista em trânsito, o sistema continuaria a coibir os excessos de velocidade, no entanto, de uma forma diferente. "O fato de ser um radar itinerante faria com que os motoristas olhassem para o velocímetro e não para os postes, pois a fiscalização pode estar em qualquer lugar. É algo muito semelhante ao que é feito pela Polícia Rodoviária Federal", explica. Araújo ressalta que os radares não podem ser instalados em qualquer lugar, mas somente em locais que contam com sinalização indicando a presença de marcadores de velocidade.

Para usar o radar estático, bastaria a presença de um fiscal ou policial de trânsito. "Esse radar se assemelha muito ao portátil. A diferença é que a ‘pistola’ [do radar móvel] é operada por uma pessoa, que mira em direção a um determinado veículo. Já o estático é montado em um tripé e apontado para o fluxo de veículos", informa Araújo.

Vistoria

Oito vereadores foram até a Urbs ontem para conhecer o Sistema de Monitoramento dos Radares e Barreiras Eletrônicas de Curitiba. O vereador João do Suco (PSDB) acredita que não há como apagar multas. "Não vemos como burlar as medidas de segurança que estão em funcionamento."

Na Câmara, a oposição mantém a disposição de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato da Consilux. Até ontem, seis vereadores subscreveram o requerimento: Algaci Tulio e Noêmia Rocha, do PMDB; Pedro Paulo, Professora Josete e Jonny Stica, do PT, e Paulo Salamuni, do PV. Para abrir a CPI são necessárias 13 assinaturas.

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Interatividade

O uso de radares não fixos pode ajudar a reduzir a violência no trânsito de Curitiba? Por quê?

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

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