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Reintegração de posse

Após tensão, moradores aceitam deixar terreno em Colombo

Após momentos de tensão, moradores de uma ocupação em Colombo, região metropolitana de Curitiba, cederam e aceitaram deixar o terreno pacificamente na manhã desta terça-feira (11). Desde o início do dia, ocorre uma reintegração de posse em um terreno da Prefeitura de Colombo. Cerca de 350 policiais e 100 agentes da prefeitura da cidade coordenam a retomada de uma área na qual moram 500 pessoas. Os lotes ficam na região da Rua Campo do Tenente, às margens do Rio Palmital.

A Polícia Militar de Colombo informou que, no início da operação, moradores atearam fogo em pneus. Nesse primeiro momento, dois homens foram presos pela PM por desobediência e encaminhados à Delegacia do Alto Maracanã, na cidade da região metropolitana.

Depois disso, começou um bate-boca e os agentes da prefeitura e da PM foram recebidos com hostilidade. Apesar disso, não ocorreu nenhum tipo de ação com violência física até por volta das 11 horas. Os policiais continuavam no local para manter a segurança e moradores já começavam a deixar as casas.

A área, segundo a PM, foi dividida em duas partes. Uma delas é mais antiga, com cerca de 200 moradores. Nesse terreno os moradores já tinham cadastro e estavam nos planos da prefeitura para realocação. Já a segunda parte é mais recente, tem cerca de um mês, e envolve a ocupação de uma área de manancial. Nesse trecho moram 300 pessoas e o futuro dessas famílias ainda é incerto.

Os cerca de 500 moradores aceitaram deixar o terreno após a prefeitura garantir o alojamento dos que precisarem em um ginásio de esportes. Durante a tarde, representantes da prefeitura e dos moradores sentam em uma mesa de negociação para definir o futuro das famílias despejadas. A intenção dos moradores é incluir essas pessoas ainda não cadastradas no programa de habitação de Colombo.

Prefeitura

No início da manhã, a Prefeitura de Colombo, em nota, informou que a sentença judicial de reintegração de posse foi obtida pelo órgão porque os moradores ocupam uma Área de Preservação Permanente (APP), "cometendo crime ambiental". O documento informa também que "as famílias serão encaminhadas para cadastramento no programa de habitação municipal", sem dar detalhes do que vai acontecer com as famílias retiradas dos terrenos.

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