Cinco pacientes que foram transferidos após o incêndio noHospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, morreram após as transferências. Mas, de acordo com o superintendente de Unidades Próprias da Secretaria Estadual de Saúde, Carlos Eduardo Coelho, todos estavam em estado muito grave e nenhuma das cinco mortes teve como causa a transferência. "Eles viriam a falecer mesmo se não tivesse ocorrido o incêndio", afirmou.

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Um transformador causou o incêndio no hospital na manhã de quinta-feira (14). Um hospital de campanha foi montado próximo ao hospital para atender a alguns pacientes. Outros pacientes foram transferidos para unidades hospitalares.

Após reunião com diretores de hospitais e também engenheiros da Empresa de Obras Públicas (Emop), nesta sexta-feira (15), o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, confirmou a informação de que o hospital terá um centro de politraumatismo. Segundo ele, a primeira etapa da obra deve durar seis meses, porém não há previsão de início, já que é preciso aguardar o processo de licitação.

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"O laudo mostra a necessidade de uma grande intervenção na parte elétrica e hidráulica no hospital. Será feita uma obra em duas etapas. Primeiro, uma obra emergencial, cobrindo os três primeiras andares, a área mais critica. E uma licitação dos andares restantes. Confirmando a informação dada anteriormente, nós teremos aqui um centro de politraumatizados", disse o secretário.

De acordo com os últimos números divulgados, 11 pacientes estão internados no hospital de campanha montado ao lado do Pedro II e 25 continuam no hospital, sendo que cinco desses já receberam alta médica.

Ouvidoria e transporte

De acordo com o secretário, uma ouvidoria foi convocada para ajudar os familiares obterem informações dos pacientes que foram transferidos. Um número ainda será disponibilizado. Além disso, segundo ele, os pacientes também poderão ajudar à equipe da ouvidoria a encontrar seus familiares.

Côrtes afirmou que a partir deste domingo (17), a secretaria irá disponibilizar uma van para os familiares dos pacientes que foram transferidos para o hospital regional Dona Lindu, na Paraíba do Sul, já que a distância dificulta a visitação. Segundo ele, o ponto de encontro será às 8h30, no Hospital Pedro II e só poderão ir dois parentes de cada paciente. Os familiares irão almoçar no local e retornarão às 16h.

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Reforço de equipe médica

Segundo o superintendente de Unidades Próprias, haverá um reforço de médicos nas unidades hospitalares que estão sobrecarregadas de atendimentos devido à transferência de pacientes do Pedro II.

"Vai acontecer de duas maneiras: reforço, se necessário, na contratação de médicos e profissionais de saúde para recompor essas equipes; e num segundo momento, após reunião interna com funcionários do Pedro II, o remanejamento desses funcionários. Esse remanejamento vai passar primeiro por uma discussão interna", explicou ele.

Côrtes afirmou que o laboratório do hospital não teve dano e continua funcionando 24h. Os geradores permanecerão acionados enquanto houver pacientes e a transferência continuará durante próximos dias.

As equipes trabalham com 19 ambulâncias, sendo quatro delas ambulâncias-cegonhas. O hospital de campanha permanecerá, segundo o secretário, até o termino das obras, pra garantir o atendimento a gestantes. Porém ele ressalta que o hospital de campanha não substitui a emergência do Pedro II, que permanecerá fechada durante a obra.

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No incêndio, a unidade teve a rede elétrica e hidráulica carbonizada.

Causas do incêndio

Sérgio Côrtes não descartou a possibilidade de o incêndio no hospital ter sido criminoso e disse que aguarda o laudo do Instituto Carlos Éboli.

A Secretaria orienta a população da área para procurar atendimento no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, no Albert Schweitzer, em Realengo e nas UPAs.

O secretário acredita que em mais três dias conseguirá transferir todos os pacientes do Pedro II.

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Durante esta manhã um tomógrafo chegou ao local para ser usado nos atendimentos aos pacientes.

Transformadores não conseguem suprir a demanda de CTI, centro cirúrgico e centro de tratamento de queimados, informou ele.

Segundo Côrtes, a grande preocupação, neste momento, são as gestantes. Mas segundo ele, no hospital há obstetras e anestesistas de plantão. O hospital de campanha tem capacidade para realizar partos e quatro ambulâncias cegonhas estão de prontidão para transferir as grávidas.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o incêndio teve início por volta das 11h30 de quinta-feira (14), e foi controlado por bombeiros em 30 minutos. Não houve feridos.

Ainda segundo a Secretaria, o fogo teve início no transformador da rede de energia elétrica que fica no subsolo do prédio e ficou restrito a apenas este setor. O incêndio não atingiu os andares superiores do prédio, mas a fumaça chegou a outros andares da unidade. A causa do incêndio será determinada pela perícia.

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Em nota, a Light informou que o transformador era do hospital e que a empresa cedeu um gerador para garantir o funcionamento da emergência e do centro cirúrgico na unidade.

A Rua do Prado que estava totalmente fechada, segue parcialmente interditada. Segundo a Guarda Municipal, o trecho fechado fica entre a Rua do Prado e a Praça do Gado. O objetivo é facilitar o acesso das ambulâncias ao local.