A greve dos motoristas e dos cobradores do transporte coletivo de Londrina terminou na manhã deste sábado (23). Os profissionais já voltaram ao trabalho. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva.
Já no início da manhã, cerca de 70% da frota circulava no Município. O serviço foi normalizado completamente por volta do meio-dia. Segundo Silva, a decisão do fim da greve foi tomada pelos sindicatos envolvidos, sob mediação do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), após reunião realizada na noite de sexta-feira (22), mesmo dia em que a paralisação começou.
Segundo o presidente do Sinttrol, a decisão pelo fim da greve foi bem dividida. A proposta de reajuste salarial aos trabalhadores, que aumentou em meio ponto percentual, saindo de 6% para 6,5%, não atendeu às expectativas de todos os funcionários. O dia paralisado será pago pelas empresas.
"Para alguns trabalhadores, o objetivo era a implantação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV). Nenhuma proposta salarial seria suficiente para essas pessoas voltarem ao trabalho. Mas mesmo assim terminamos a greve", explicou Silva. O PDV não foi oferecido, segundo ele, porque as empresas enfrentam um problema de pessoal. "Disseram que está difícil contratar novos motoristas e cobradores."
O aumento real nos salários foi definido em 10%, 3,5% pago em junho de 2012 como antecipação e 6,5% acertado na reunião de sexta-feira (22). Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon), Gildalmo Mendonça, o reajuste acordado entre os dois lados está acima do que a empresa pode pagar. "Mesmo assim, atendemos ao pedido feito pelo prefeito."
Além do reajuste nos salários, os trabalhadores receberão um aumento de 9,5% no Plano de Participação de Resultados (PPR).
Sistema de transporte será discutido
Na segunda-feira (25) está prevista uma nova reunião entre o prefeito e os representantes dos sindicatos. O objetivo é debater o cenário atual do transporte coletivo no Município.
Em entrevista à RPCTV, Kireeff disse que o sistema precisa passar por uma revisão. "Problemas pontuais precisam ser enfrentados e outros estruturantes precisam ser analisados, com a participação do poder público, dos trabalhadores, das empresas e da população", declarou.
Segundo ele, o transporte coletivo precisa ser discutido entre as empresas, os trabalhadores e os usuários. "Esse sistema vem sofrendo perdas no que se refere à capacidade de oferecer serviços públicos com a qualidade que gostaríamos que tivesse. E também atender às necessidades operacionais das empresas, as necessidades dos trabalhadores e especialmente dos usuários", declarou.
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