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Ação da prefeitura

Após vandalismo em estátua de Borba Gato, São Paulo quer discussão sobre 40 monumentos

Borba Gato
Estátua do bandeirante Borba Gato, em São Paulo, foi atacada por vândalos. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

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Depois que a estátua de Borba Gato foi incendiada na cidade de São Paulo, a prefeitura da capital anunciou a criação de uma lista com 41 monumentos sobre os quais espera levantar o debate com a sociedade civil. A lista inclui personagens históricos relacionados à escravidão e à ditadura militar, por exemplo. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

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A lista foi elaborada pelo Departamento de Patrimônio Histórico, da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo. Ainda de acordo com o jornal, não há nenhuma definição sobre uma possível retirada ou alterações nos monumentos. A ideia seria promover uma ampla discussão com a sociedade sobre eles. Mas, além do Legislativo e do Executivo, o debate pode incluir movimentos sociais que reivindicam a remoção dos mesmos e até defendem atos de vandalismo contra o patrimônio histórico e cultural da cidade.

O monumento de Borba Gato integra a lista. Apesar de a intelectualidade de esquerda classificá-lo como colonialista, escravagista e assassino de indígenas, reportagem da Gazeta do Povo mostrou que ele foi o único bandeirante que assassinou um emissário da coroa, Castelo Branco, e ainda que ele viveu foragido por 18 anos como indígena, na tribo dos Botocudos. O tema também foi destaque da coluna de Madeleine Lacsko: “Queimaram a estátua errada: Borba Gato viveu entre indígenas e matou colonizador”.

A lista da prefeitura de São Paulo inclui ainda estátuas de Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral, Duque de Caxias, Padre José de Anchieta, Tiradentes, entre outros.

Personagens negros

A produção da lista foi anunciada na mesma semana em que a prefeitura divulgou que a capital vai ganhar cinco estátuas de personalidades negras. De acordo com a Agência Brasil, os homenageados serão a escritora Carolina Maria de Jesus, o pentacampeão de salto triplo Adhemar Ferreira da Silva, os cantores e compositores Itamar Assumpção e Geraldo Filme e ainda a sambista e ativista Madrinha Eunice. A administração municipal informou que eles foram os escolhidos por apresentarem forte ligação com a cidade de São Paulo.

Em 2020, uma estátua de Joaquim Pinto de Oliveira (1721-1811) também foi inaugurada na Praça Clóvis Bevilácqua. Oliveira foi escravo, artesão e arquiteto e era conhecido como Tebas.

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