As primeiras horas de 2013 foram marcadas por dificuldades enfrentadas pelo público na volta para casa, após a festa de réveillon na Praia de Copacabana. O trânsito na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, previsto para ser liberado por volta das 4 horas, só foi aberto às 5h13, provocando confusão e transtorno para os passageiros que invadiram as pistas da via para parar os ônibus, que passavam lotados. O trânsito continuou intenso até 7h10, e muitos passageiros reclamavam da demora. Segundo usuários, táxis também eram insuficientes. Pouco antes das 9 horas, o trânsito já fluía bem no bairro, e guardas da CET-Rio atuavam em diversos pontos.

CARREGANDO :)

E o problema começou cedo. As primeiras pessoas que se dirigiram para os pontos de embarque depois da queima dos fogos tiveram que esperar pelo menos 30 minutos para voltar para casa. Os coletivos só tiveram ordem para partir depois de meia-noite e meia. A coreógrafa Adriana Raposo foi a primeira a chegar no ponto de embarque na Rua Prudente de Morais, em Ipanema, estabelecido para auxiliar na interdição feita pela prefeitura.

"Cheguei à meia-noite. Quis ir embora porque não me senti bem. Mas tive que ficar esperando esse tempo todo", contou Adriana, que esperou durante 35 minutos o ônibus para Campo Grande.

Publicidade

Por volta de 1h30 desta terça, a espera para voltar para casa de ônibus no ponto de embarque no Corte do Cantagalo chegou a 50 minutos. Os primeiros coletivos em direção à Praça da Bandeira e São Cristóvão esperaram atingir lotação máxima para sair. Muitas pessoas reclamaram. Patrícia Oliveira não gostou de ter que andar da praia até o local.

"Demoramos 20 minutos. Preferia o esquema antigo, quando a gente andava menos. Tem muito idoso, como a minha mãe, que vem ver os fogos e não precisa se cansar", disse Patrícia, dentro do ônibus para São Januário.

Por volta das 4 horas, moradores de Copacabana que retornavam para suas casas após as festas de réveillon reclamaram que alguns dos bloqueios montados pela prefeitura, que seriam abertos às 4 horas desta terça-feira, permaneciam fechados. A barreira montada próximo ao Túnel Velho continuava fechada até 4h45.

"Um absurdo isso. Moro em Copacabana, esperei o horário de 4 horas para retornar e agora o bloqueio permanece montado. Isso é uma falta de respeito com as pessoas", reclamou Stella Caymmi, filha da cantora Nana Caymmi.

Longas filas no metrô para sair de Copacabana também foram constatadas por quem estava na festa na orla. Por volta das 4 horas, a fila da estação Cardeal Arcoverde era tão grande que chegava quase na estação Siqueira Campos.

Publicidade

"Estou há três horas tentando embarcar para o Centro da cidade", contou Luciana Cunha, moradora de Vilar dos Teles.

Secretário afirma que esquema de saída de Copacabana foi bem-sucedido

O secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, considerou bem-sucedido o esquema de saída de Copacabana com o fechamento do bairro para veículos neste réveillon. O secretário realizou um sobrevoo de helicóptero sobre o bairro após a queima de fogos para avaliar o sistema.

"O esquema funcionou muito bem. As vias internas de Copacabana estão todas livres. Pela primeira vez o metrô funcionou sem nenhuma interferência de carros e foi um sucesso. A dispersão funcionou bem, com uma oferta grande de ônibus. A única interferência no esquema foi uma blitz da Lei Seca próximo ao Corte do Cantagalo. Pedi que não acontecesse nenhuma blitz, só ali fizeram".