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São Paulo – De volta à Itália após a visita ao Brasil, o papa Bento trocará o Vaticano pelo Castelo Gandolfo até a sexta-feira. A residência oficial de descanso dos papas fica às margens do lago Albano, ao sul de Roma.

Seus assessores dizem que ele se preparou muito, inclusive fisicamente, para ir ao Brasil. Afirmam que as férias atendem a recomendação médica: a cada dia de viagem ao exterior, um de descanso. Meia hora antes de pousar na Itália, Bento XVI recebeu os quatro jornalistas brasileiros a bordo. Sorriu bastante e conversou alguns minutos, em italiano, com cada um. Agradeceu a atenção dada à visita e elogiou a hospitalidade recebida em São Paulo.

O castelo foi erguido pela família Gandulfi, de Gênova, no século XII. No século seguinte, o castelo passou para a família Savelli, que o manteve até 1596. Nesse ano, devido a uma dívida com o Papa Clemente VIII que a família não conseguiu quitar, a propriedade foi transferida para o Papa e, em 1640, declarada propriedade da Santa Sé. O papa Urbano VIII (1623–1644) decidiu transformar o castelo em sua residência de verão. Hoje, há cerca de 60 pessoas que trabalham na propriedade, mas só 20 são residentes. Durante uma visita de João Paulo II, em 1963, foi inaugurado um heliponto na propriedade, que, curiosamente, é maior que o próprio Vaticano.

Aborto

Em meio à polêmica a respeito do aborto, acirrada pela visita do Papa ao Brasil e pela defesa do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para que o assunto seja discutido pela sociedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o governo não vai enviar um projeto sobre a legalização do aborto ao Congresso Nacional.

Em entrevista coletiva concedida na Siemens em Jundiaí, Lula afirmou que "disse ao papa aquilo que está na Constituição brasileira: que o Brasil é um Estado laico. É isto o que está na Constituição". Depois da afirmação, Lula tentou desconversar. "O que eu quero ter como imagem é que a passagem do Papa pelo Brasil foi uma coisa extraordinária. Ficar discutindo temas que não estão na ordem do dia e que têm divergências, como pena de morte, aborto e célula-tronco... Ou seja, na medida certa e no tempo certo, os congressistas vão se acertando", disse.

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