Os cerca de 50 professores e funcionários de escolas que estão acampados dentro da Secretaria de Estado da Educação (SEED), em Curitiba, prometem não sair do prédio até que o secretário Maurício Requião os receba para uma audiência. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato) quer discutir uma solução para as 6 mil demissões anunciadas pela secretaria.
Tal negociação não acontecerá, segundo a SEED. A secretaria afirma que não houve nenhum pedido de agendamento de reunião. "Mandamos um ofício no final de novembro, mas até agora não recebemos nem resposta", diz a diretora da APP-Sindicato, Marlei Fernandes.
O sindicato contesta o número de demissões, que na verdade chegaria a 14 mil mais que o dobro. "Estão demitindo professores aprovados no concurso de 2003, que ainda não foram nomeados", diz o presidente da APP, José Lemos. "Eu passei no concurso mas ainda não fui chamada", reforça a professora Maria Aparecida Genovês, vinda de Maringá juntamente com outros 36 servidores.
Os manifestantes pedem uma revisão na demanda de funcionários e professores pois, segundo o sindicato, o número de aprovados nos últimos concursos não suprirá a real necessidade das escolas. Outro objetivo da mobilização é sensibilizar o governo para que os funcionários não concursados sejam mantidos em seus cargos enquanto não houver novas nomeações. "Ao menos que os mantenham até janeiro, quando acontece a distribuição das aulas. Se sobrar pessoal, aí sim demite. Mas agora é injusto, pois eles não terão direito a férias", explica Lemos.
Segundo ele, a intenção do governo é demitir os servidores para diminuir custos. "Como não haverá pessoal suficiente no início do ano, o governo terá que recontratá-los, mas aí com um contrato especial, no qual o servidor não terá os mesmos direitos trabalhistas."
O argumento do governo para as demissões se baseia em um parecer do Tribunal de Contas do Estado que, atendendo à resolução do Supremo Tribunal Federal de 1996, pede a nulidade das contratações de funcionários não concursados, os chamados seletistas.
Nenhum representante da SEED quis se manifestar sobre o assunto. A assessoria de imprensa informou que, ao contrário do que diz o sindicato, o número de demissões será mesmo de 6 mil e que não haverá falta de professores, pois mais de 7,5 mil docentes foram nomeados somente este ano.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião