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O ano ainda nem terminou e o número de apreensões de produtos ilegais (contrabandeados ou piratas) no Paraná já registra aumento em relação a 2004. De janeiro a agosto desse ano, a Receita Federal (RF) apreendeu R$ 108 milhões, contra R$ 66 milhões no mesmo período do ano passado. Tal evolução representa um aumento próximo de 64%.

O superintendente da Receita Federal (RF) da 9.ª Região, Luiz Bernardi, afirma que o aumento é resultado do auxílio de outros órgãos na formação das força-tarefas que combatem a comercialização de produtos ilegais. Além da própria RF, participam dessas ações a Polícia Fedral (PF), a Polícia Militar (PM), as Polícias Rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE), além da Polícia Civil e da promotoria de investigação do estado.

De acordo com Bernardi, a ajuda de servidores de outros estados também foi fundamental para fechar o cerco contra os contrabandistas. Dos 1,5 mil funcionários da RF, 100 atuam diretamente na fiscalização. O serviço conta ainda com a ajuda de pelo menos 40 servidores emprestados, que auxiliam nos serviços de inteligência.

Os esforços de combate rendem benefícios à economia do país. Ou seja, com o cerco das forças-tarefa, a quantidade de contrabando trazido ao Brasil está diminuindo gradualmente. "O volume contrabandeado caiu em torno de 70% em relação a cinco anos. Os R$ 7 bilhões em mercadorias que eram apreendidos caíram para cerca de R$ 2 bilhões", exemplifica Bernardi.

O superintendente ainda afirma que a ação da RF serve para conscientizar a população dos estragos que o contrabando provoca na economia nacional. "É uma conscientização nacional. A mercadoria ilegal deixa um rastro de malefícios. Toma espaço dos produtos brasileiros e tira empregos do país" alerta.

Produtos

As armas e munições foram as campeãs de aumento de apreensões neste ano. De janeiro a agosto, o número praticamente triplicou em relação ao mesmo período do ano passado, registrando elevação de 159%. O motivo, segundo o superintendente da RF, seria a quantidade excessiva de cápsulas em uma única apreensão: mais de cinco mil unidades.

Os produtos de informática foram a segunda categoria que mais cresceu, chegando a ultrapassar a dos cigarros. O aumento foi de cerca de 150% – dos R$ 8,3 milhões de 2004 subiu para cerca de R$ 21 milhões nesse ano.

Em terceiro, estão os eletrônicos, com aumento de 120%, totalizando R$ 19,5 milhões – número quase três vezes maior do que o total de 2003. Outros produtos que apresentaram um grande aumento foram brinquedos, 73%, veículos, 71% e cigarros, 67%.

De acordo com os dados da RF, a categoria de bebidas foi a única a apresentar redução. Houve queda de 33%, podendo terminar o ano com o mesmo número de dois anos atrás: R$ 630 mil.

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