A lei que criou o fundo de aposentadoria suplementar, aprovada na terça-feira (3) por maioria de votos dos deputados, ainda não chegou ao governador Roberto Requião (PMDB). De acordo com a assessoria da assembléia, até que seja promulgada e publicada em Diário Oficial para começar a valer, deve levar em torno de 15 dias. No entanto, a medida já gerou muita polêmica entre a sociedade.
No fórum da Gazeta do Povo Online (clique para deixar sua opinião) , várias opiniões demonstram a insatisfação dos leitores com a nova aposentadoria especial aprovada pelos deputados. Como é o caso do leitor Robson Marcelo. "É brincadeira, os caras são eleitos por nós e chegam lá só pensam neles. Somente interesse próprio...", opinou.
Dos 54 deputados estaduais, apenas nove foram contra a criação do Plano de Previdência Contributivo e Suplementar (Previdepar). Outros seis deputados faltaram à sessão. O líder do governo na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) não votou.
Ele foi o presidente da sessão e preferiu não votar. Mesmo como presidente, Romanelli tinha direito a voto, mas para não ficar em uma situação constrangedora, já que iria votar para derrubar o veto do governador Roberto Requião assim como a maioria dos deputados, Romanelli preferiu ficar neutro na questão.
Antes da aprovação da lei, os parlamentares poderiam receber até R$ 2.800 de aposentadoria, como qualquer outro trabalhador. Agora com a criação do Previdepar a aposentadoria especial pode chegar a R$ 10.200 mensais. Para obter o benefício, o parlamentar deverá ter no mínimo 60 anos de idade, comprovar 35 anos de contribuição à Previdência Social (INSS) e ter cumprido cinco mandatos (20 anos).
Deputados contra
Os nove votos contrários a criação da aposentadoria especial foram dados pelos seguintes deputados: Douglas Fabrício (PPS), Valdir Rossoni (PSDB), Marcelo Rangel (PPS), Beti Pavin (PMDB), Rosane Ferreira (PV), Élton Welter (PT), Professor Luizão (PT). Esses deputados também assinaram um documento que se comprometem a não participar do plano de previdência aprovado pela maioria dos parlamentares.
Os deputados Tadeu Veneri (PT) e Jocelito Canto (PTB) também votaram contra a implantação do plano de previdência, mas não assinaram o documento para não aderir à nova aposentadoria.
Os faltosos
Seis deputados faltaram à sessão de terça-feira: Luciana Rafagnin (PT), Péricles de Mello (PT), Geraldo Cartário (sem partido), Antônio Belinati (PP), Dr. Batista (PMN) e Edgar Bueno (PDT).
