Os aprovados no curso de Jornalismo da UFPR foram até o Prédio Histórico da instituição, ontem, para exigir explicações sobre a situação do curso. A pressão dos estudantes possibilitou um encontro com a pró-reitora de Graduação, Maria Amélia Sabbag Zainko, que garantiu aos estudantes uma vaga em outro curso na área de Comunicação Social, caso a universidade não consiga revogar a suspensão imposta pelo Ministério da Educação (MEC).
A ação foi organizada via Facebook e contou com a participação de familiares dos estudantes. Segundo Helena Chagas, 17 anos, uma das aprovadas, o encontro por pressão dos próprios estudantes. "Dissemos que não sairíamos de lá até que a pró-reitora nos recebesse e explicasse o que está acontecendo", conta Helena. Segundo a estudante, na segunda-feira, depois que a UFPR informou a imprensa de que não faria a matrícula dos aprovados em Jornalismo, somente um e-mail foi encaminhado aos aprovados. "Ninguém nos ligou. Mandaram um e-mail que nem assinado estava. Teve gente que veio do Rio de Janeiro só para fazer a matrícula", reclama.
Durante o encontro, Maria Amélia pediu calma aos estudantes e disse acreditar que a situação esteja resolvida até o dia 10 de fevereiro, quando iniciam as aulas do primeiro semestre. Até essa data, uma nova visita dos avaliadores do MEC deve ocorrer. A UFPR garantiu que, caso a universidade não consiga revogar a medida cautelar que impede a matrícula de novos alunos, os aprovados poderão optar por vagas nos cursos de Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas.
Os estudantes saíram do encontro com uma declaração fornecida pelo Núcleo de Assuntos Acadêmicos (NAA) de que compareceram para realizar a matrícula e não puderam ser atendidos devido à punição imposta pelo MEC. A pró-reitora foi procurada para comentar sobre a ação dos estudantes, mas optou por não falar com a imprensa.