Cinco turistas que sobreviveram ao acidente de barco no lado argentino das Cataratas do Iguaçu, na última segunda-feira, prestaram depoimento à prefeitura naval de Puerto Iguazú, órgão responsável pela investigação. A tragédia deixou dois norte-americanos mortos. Oito pessoas, de um total de dez que estavam no barco, se salvaram no acidente.Nestor Ariel, secretário do juiz Ricardo Gerometta, responsável pelo caso, diz que ainda é preciso aguardar a perícia na embarcação para descobrir o que causou a tragédia. Os turistas e a tripulação também terão de prestar novo depoimento ao juiz nas próximas horas. "Até que não tenhamos todas as declarações e o resultado da perícia não se pode adiantar uma causa", afirma Ariel.
Ele informa que será aberto um processo para apurar se houve imperícia ou negligência do piloto Mário Aguirre, 42 anos, que pode ser acusado por duplo homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). A Justiça tem três meses para investigar o caso.
Os corpos de Laura Eberts, 28 anos, e Philip Musgrove, 70 anos, foram enviados a Posadas, capital da província de Misiones (na fronteira com o Brasil) para autópsia. O laudo ainda não foi divulgado. Há suspeita de que Laura morreu afogada, apesar de estar usando colete salva-vida, e Musgrove tenha sofrido traumatismo craniano.
O marido de Laura, Robert Eberts, 27 anos, era um dos turistas que estavam no barco. O casal estava em viagem de lua de mel. Eberts foi liberado do hospital na noite de segunda-feira, mas não quis falar com a imprensa. Segundo funcionários do hotel de Puerto Iguazú, onde está hospedado, ele está muito abalado e recebe auxílio constante de enfermeiros. Os demais turistas, uma colombiana, dois alemães e dois norte-americanos, já tiveram alta do hospital. Apenas o fotógrafo do barco, Leonardo Abba, 42 anos, ainda estava internado ontem com hematomas na coluna cervical e na cabeça.
Segurança
A empresa Iguazú Jungle, responsável pelo passeio de barco no lado argentino, emitiu uma nota na qual afirma que desconhece as razões do acidente. Segundo a empresa, o piloto do barco está habilitado pela Marinha e faz o trajeto há 15 anos. Os passeios continuam suspensos.
No lado brasileiro, o passeio similar, chamado Macuco Safári, funcionou normalmente ontem. A procura pelo passeio ficou dentro da média diária, cerca de 400 turistas. A empresa opera no parque há 25 anos. Em 2010, cerca de 1,2 milhão de turistas visitaram o parque brasileiro.
No Brasil, o passeio é autorizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pelo parque, e pela Marinha. É obrigatório o uso de colete salva-vida certificado pelo Inmetro e os turistas recebem orientações de segurança antes de entrar no barco. Não é preciso assinar documentos antes do passeio. O risco é considerado moderado.
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