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Manuel Adorni
Porta-voz de Javier Milei afirmou que cerca de 60 pessoas entraram legalmente na Argentina.| Foto: reprodução/Presidência Argentina

O porta-voz do presidente argentino Javier Milei, Manuel Adorni, afirmou nesta quarta (19) que o governo do país cumprirá as decisões que a Justiça brasileira determinar em relação aos foragidos dos atos de 8 de janeiro de 2023, que teriam entrado no território vizinho mesmo cumprindo medidas cautelares.

Eles foram alvos de uma das fases da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que buscava cumprir 208 mandados de prisão contra pessoas investigadas ou que descumpriram medidas cautelares, como rompimento de tornozeleiras eletrônicas. Pelo menos 49 foram presas no Brasil, mas o restante se evadiu para países vizinhos, como Argentina e Paraguai.

Adorni afirmou que enviou ao Brasil uma lista com cerca de 60 nomes de pessoas que teriam entrado legalmente no país, mas se suspeita que o número seja maior por falta de fiscalização. “Não sei se houve negligência na entrada”, disse o porta-voz.

Segundo Manuel Adorni, pelo menos dez deles já deixaram a Argentina de acordo com registros oficiais migratórios, mas os destinos não foram apontados já que este dado não é questionado.

O porta-voz de Milei afirmou que o judiciário argentino cumprirá as medidas pedidas pela Justiça brasileira e que o governo não exerce nenhum tipo de ingerência.

“Não temos ingerência. Se a Justiça do Brasil insta a Argentina, a Justiça cumprirá a lei. A Justiça tomará as medidas correspondentes quando chegue o momento, e nós as respeitaremos”, pontuou negando que exista qualquer tipo de “pacto de impunidade” com movimentos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele, no entanto, não soube responder se algum dos brasileiros em território argentino entrou com pedido de asilo, mas que cada caso será avaliado individualmente mesmo em caso de pedido de extradição pela Polícia Federal.

“Efetivamente vai se cumprir o que dita a legislação. Se são foragidos, seria o caso da Interpol ou de quem tiver a competência para intervir, fazer a prisão e continuar o devido processo legal. Nós não desobedecemos a lei, não só a nossa, mas também a de qualquer outro país”, ressaltou.

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