O jornalista Armando Nogueira, morto nesta segunda-feira (29), no Rio, foi um dos responsáveis pela criação do Jornal Nacional, que estreou em 1º de setembro de 1969 como o primeiro programa de TV transmitido em rede no país.
Apresentado por Hílton Gomes e Cid Moreira, o jornal era produzido com auxílio de duas câmaras sonoras, o que permitiu que muitas notícias passassem a ser apresentadas da rua, direto do local do acontecimento. No ano seguinte, o telejornal tornou-se líder de audiência em seu horário.
Entre 1974 e 1990 período em que o jornalista foi diretor da Central Globo de Jornalismo o Jornal Nacional sofreu diversas transformações, dentre as quais se destacam a criação de editorias especializadas, a supressão de matérias locais, com a predominância de matérias nacionais e internacionais de maior relevância, e a inclusão dos comentaristas, antes restritos ao Jornal da Globo.
Jornalismo esportivo
No início de 1990, com a reestruturação da cúpula do jornalismo da emissora, Armando Nogueira deixou a TV Globo para se dedicar ao jornalismo esportivo. Passou a escrever para jornais de todo o Brasil. Foi comentarista do programa Cartão Verde, da TV Cultura, entre 1992 e 1993; e da TV Bandeirantes, de 1994 a 1999. No SporTV, canal da Globosat, participou dos programas Esporte Real, Papo com Armando Nogueira e Redação SporTV, de 1995 a 2007. Em agosto de 2007, afastou-se da televisão, para se recuperar de problemas de saúde.
No dia 30 de março de 2008, a Superintendência de Desportos da Cidade do Rio de Janeiro (Suderj) inaugurou o Espaço Armando Nogueira, localizado no acesso à tribuna de imprensa do Maracanã. No Espaço, a foto do jornalista aparece ao lado das de outros 72 grandes nomes da imprensa esportiva, como Ary Barroso, Jorge Cury e João Saldanha.