Os laudos parciais do Instituto de Criminalística (IC) divulgados neste sábado (15) indicaram que os autores da chacina que deixou 18 mortos nas cidades de Barueri e Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, utilizaram armas de calibres calibres 380, 38, 45 e 9 mm. O uso desse tipo de arma é restrito a integrantes das forças de segurança. A Secretaria de Segurança Pública também informou neste sábado que a Corregedoria da Polícia Militar, órgão responsável por apurar irregularidades cometidas por integrantes da corporação, também fará parte da força-tarefa que investiga as mortes.
Uma das linhas de investigação da chacina é que os crimes tenham sido praticados como vingança em razão das morte de um policial militar e um guarda civil metropolitano. As armas de calibres 38 e 380 são usadas pela Guarda Civil Metropolitana. A 9 mm é usada exclusivamente pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas. Já a 45 pode ser comprada e portada por policiais militares, policiais civis e bombeiros para uso pessoal, apesar de não ser permitida a sua utilização em serviço.
Foram apreendidos projeteis e estojos em 8 dos 10 locais onde houve. “Assim que o material dos últimos dois locais for periciado, o IC poderá concluir a análise conjunta e indicar quais as mesmas armas que foram utilizadas em diversos locais”, afirma nota da Secretaria de Segurança Pública.
A participação da Corregedoria foi determinada pelo secretário Alexandre de Moraes diante das fortes suspeitas de que policiais militares estão entre os autores do crime.
Mais cedo, os corpos de 14 das 18 vítimas foram sepultados. No cemitério Jardim Santo Antônio, em Osasco, foram enterrados os corpos de Presley Santos Gonçalves, Deivison Lopes Ferreira, Igor Silva Oliveira, Jonas dos Santos Soares, Eduardo Bernardino Cesar e Rodrigo Lima da Silva. As demais vítimas foram sepultadas em outros cemitérios.
Os ataques em série também deixaram seis pessoas feridas. Osasco foi o município com maior número de mortes, 15. Outras três pessoas morreram em Barueri. Outro homicídio foi registrado em Itapevi, mas, de acordo com os investigadores, não tem relação com a chacina. Os assassinatos foram registrados em um raio de sete quilômetros e num período de cerca de duas horas.
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, a Polícia Civil trabalha com pelo menos três hipóteses principais para os ataques: vingança pelo latrocínio de um policial militar em Osasco, retaliação pela morte de um Guarda Civil Metropolitano em Barueri ou uma ação ligada ao tráfico de drogas. A primeira hipótese, no entanto, tem ganhado força. A polícia já sabe que em Osasco, nos oito locais onde aconteceram os crimes, o grupo de executores usou uma moto preta, com duas pessoas, e um Peugeot prata, com quatro. Já em Barueri, os assassinos estavam em um Sandero prata.
Moraes afirmou que as vítimas não possuem uma identidade comum, que permita elucidar o crime a partir de seu perfil. Entre as vítimas, seis têm passagem pela polícia, pelos mais diversos motivos, como Lei Maria da Penha e receptação. A polícia pretende analisar imagens de celulares e câmeras e ouvir testemunhas do caso.
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