As três unidades do Armazém da Família de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), estão fechadas desde o fim do ano passado. Na capital, a unidade do Carmo, no bairro Boqueirão, também está fechada. Os armazéns vendem alimentos até 30% mais baratos do que o valor de mercado para famílias com baixa renda.
Os armazéns de Araucária fecharam em outubro do ano passado. O convênio com a prefeitura de Curitiba, que compra e repassa os alimentos, venceu logo depois, em dezembro, e não foi renovado. Isso porque o município metropolitano tem uma dívida de mais de R$ 1,2 milhão com a capital, acumulada entre 2009 e 2012. Enquanto esse débito não for resolvido, o convênio não pode ser retomado e, por consequência, os armazéns continuarão fechados.
O secretário de Agricultura e Abastecimento da cidade, Carlos Augusto Siqueira do Couto, afirma que uma comissão foi formada para investigar a dívida. E que, possivelmente, houve fraude e desvio de verbas do convênio durante a última gestão. "Não dá pra simplesmente pagar a dívida. Vamos sentar com Secretaria de Abastecimento de Curitiba para ver a veracidade das notas e incriminar o responsável. O nosso ônus social é grande, porque muitas famílias dependem dos armazéns", disse.
Em entrevista ao Paraná TV, o ex-prefeito da cidade, Albanor Zezé (PSDB), negou que tivesse acumulado dívidas durante a sua gestão.
Já o Armazém da Família do Carmo foi fechado há cerca de três meses porque o imóvel era alugado e o proprietário não quis renovar o contrato. As famílias que eram atendidas no local passaram a ter que ir ao Armazém da Família no Boqueirão, que fica a aproximadamente 2,4 quilômetros de distância. Outra opção aos moradores é se deslocar mais de 6 quilômetros até a unidade móvel do Mercadão da Família, que também vende produtos mais baratos, e passa pela Vila São Paulo quinzenalmente às quartas-feiras. Não há planos de que a unidade do Carmo seja reaberta, de acordo com a assessoria da prefeitura.