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Simulação de como ficaria a Travessa da Lapa revitalizada. | Divulgação/Projeto Di.Ver.Cidade
Simulação de como ficaria a Travessa da Lapa revitalizada.| Foto: Divulgação/Projeto Di.Ver.Cidade

O projeto Di.Ver.Cidade se destaca porque é uma iniciativa voluntária (...) para melhorar o espaço público.

Jonny Stica (PT), vereador.

Escritórios de arquitetura de Curitiba, reunidos pelo projeto Di.Ver.Cidade, apresentaram à Câmara Municipal de Curitiba, na quarta-feira (3), 22 propostas de intervenções urbanas para a cidade, que vão desde a adoção de outros padrões de petit-pavé além da famosa pinha, implementação de jardins verticais e hortas comunitárias até a revitalização da Travessa da Lapa.

Propostas

Confira algumas intervenções urbanísticas propostas pelo movimento Di.Ver.Cidade:

Alameda Augusto Stellfeld (entre as ruas Ébano Pereira e Rosário): a proposta do escritório responsável pelo trecho é trabalhar o piso das calçadas em petit-pavé com um grafismo personalizado, remetendo à árvore símbolo de Curitiba, a Araucária.

Cândido de Abreu (entre as ruas Aristídes Teixeira e Heitor S. de França): a ideia é revitalizar o Rio Belém e criar uma praça próxima ao local, com cobertura inspirada na calha natural dos rios, em formato semelhante a uma flor.

Travessa da Lapa: revitalização de toda a extensão da travessa através da implantação de painéis, grafites, espaços de permanência com bancos, mesas e cadeiras e pequenos jardins. Investimento em iluminação e arborização.

Espaços vazios: um dos projetos aponta que a região central de Curitiba dispõe de um total de 419 mil metros quadrados de superfícies capazes de receber hortas urbanas - áreas que hoje são cobertas por estacionamentos ou edifícios abandonados. A ideia é ocupar esses espaços com coberturas verdes e “fazendas verticais”.

Após a apresentação ao colegiado, a Câmara deve formalizar o envio do projeto ao Executivo e solicitar que o Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) elabore um cronograma para análise de viabilidade das propostas. Caberá ao Executivo aprovar os projetos, ceder o espaço público para a execução e decidir se a obra disponibilizará de recursos públicos.

Segundo o vereador Jonny Stica (PT), presidente da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e Tecnologias da Informação, podem ser estabelecidas parcerias entre os escritórios de arquitetura envolvidos e a iniciativa privada para a captação de recursos.

Ideias

Foram elaborados projetos de revitalização de áreas como a Avenida Cândido de Abreu, na frente da prefeitura, entre outros trechos; na Praça 19 de Dezembro; na Rua Barão do Cerro Azul; na Travessa Nestor de Castro; na Alameda Augusto Stellfeld; e na Praça Alfredo Andersen.

“O projeto Di.Ver.Cidade se destaca porque é uma iniciativa voluntária de um grupo de profissionais que investiram tempo e conhecimento para desenvolver propostas de intervenções urbanas que vêm para melhorar o espaço público”, disse Stica.

O arquiteto Orlando Busarello, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU), declarou que há muito os profissionais da área aguardavam a oportunidade de olhar e propor soluções para os espaços públicos urbanos.

O que é

O projeto Di.Ver.Cidade, de iniciativa da arquiteta Consuelo Cornelsen, foi criado com o objetivo de restaurar e homenagear a cidade através de uma rede colaborativa em que arquitetos e designers desenvolvem ideias e conceitos para valorização do pedestre e dos espaços urbanos. Segundo Consuelo, os projetos arquitetônicos desenvolvidos pelos profissionais que aderiram ao movimento serão doados para a cidade. A ideia é que o orçamento para a execução das obras seja captado por meio de doações e parcerias com a iniciativa privada.

“O nosso objetivo é tirar as pessoas de dentro dos shoppings e, como em qualquer cidade que se pretende civilizada, trazê-las para o convívio nas ruas, com boa iluminação, bom equipamento urbano e boas calçadas”, explicou.

  • Na Avenida Cândido Abreu, na altura do Rio Belém, a “Praça das Pétalas”.
  • Cobertura em petit pavet com novo grafismo, inspirado nas Araucárias, árvores-símbolo de Curitiba.
  • Coberturas verdes e “fazendas verticais” - ocupação de espaços vazios para instalação de hortas comunitárias.
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