O projeto Di.Ver.Cidade se destaca porque é uma iniciativa voluntária (...) para melhorar o espaço público.
Escritórios de arquitetura de Curitiba, reunidos pelo projeto Di.Ver.Cidade, apresentaram à Câmara Municipal de Curitiba, na quarta-feira (3), 22 propostas de intervenções urbanas para a cidade, que vão desde a adoção de outros padrões de petit-pavé além da famosa pinha, implementação de jardins verticais e hortas comunitárias até a revitalização da Travessa da Lapa.
Após a apresentação ao colegiado, a Câmara deve formalizar o envio do projeto ao Executivo e solicitar que o Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) elabore um cronograma para análise de viabilidade das propostas. Caberá ao Executivo aprovar os projetos, ceder o espaço público para a execução e decidir se a obra disponibilizará de recursos públicos.
Segundo o vereador Jonny Stica (PT), presidente da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e Tecnologias da Informação, podem ser estabelecidas parcerias entre os escritórios de arquitetura envolvidos e a iniciativa privada para a captação de recursos.
Ideias
Foram elaborados projetos de revitalização de áreas como a Avenida Cândido de Abreu, na frente da prefeitura, entre outros trechos; na Praça 19 de Dezembro; na Rua Barão do Cerro Azul; na Travessa Nestor de Castro; na Alameda Augusto Stellfeld; e na Praça Alfredo Andersen.
“O projeto Di.Ver.Cidade se destaca porque é uma iniciativa voluntária de um grupo de profissionais que investiram tempo e conhecimento para desenvolver propostas de intervenções urbanas que vêm para melhorar o espaço público”, disse Stica.
O arquiteto Orlando Busarello, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU), declarou que há muito os profissionais da área aguardavam a oportunidade de olhar e propor soluções para os espaços públicos urbanos.
O que é
O projeto Di.Ver.Cidade, de iniciativa da arquiteta Consuelo Cornelsen, foi criado com o objetivo de restaurar e homenagear a cidade através de uma rede colaborativa em que arquitetos e designers desenvolvem ideias e conceitos para valorização do pedestre e dos espaços urbanos. Segundo Consuelo, os projetos arquitetônicos desenvolvidos pelos profissionais que aderiram ao movimento serão doados para a cidade. A ideia é que o orçamento para a execução das obras seja captado por meio de doações e parcerias com a iniciativa privada.
“O nosso objetivo é tirar as pessoas de dentro dos shoppings e, como em qualquer cidade que se pretende civilizada, trazê-las para o convívio nas ruas, com boa iluminação, bom equipamento urbano e boas calçadas”, explicou.