A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) descartou qualquer possibilidade de os “arrastões” registrados nas últimas semanas, em Curitiba, estarem relacionados. Para a polícia, os assaltos se trataram de casos isolados, cometidos por grupos diferentes. Em um dos roubos, um suspeito morreu em confronto e dois funcionários de um restaurante da rede Madero foram baleados.
“Não há nenhum elemento que indique uma relação entre os crimes ou que aponte uma ação padronizada em relação a eles”, disse o delegado Pedro Filipe, da DFR.
Apesar de os casos serem considerados pontuais, a polícia identificou semelhanças em relação ao “modus operandi” dos crimes e quanto ao perfil dos assaltantes. Em geral, os “arrastões” foram cometidos em horário de grande movimento, em que os suspeitos agiram em grupo, se valendo do fator surpresa. De acordo com as investigações, os autores dos assaltos têm idade estimada entre 18 e 21 anos.
“Eles se aproveitaram da movimentação para cometer os crimes. Mas não se tratam de quadrilhas especializadas ou algo do tipo”, apontou o delegado. Em todos os casos, os autores devem responder por roubo – majorado por uso de arma de fogo – e associação criminosa.
Investigações
Logo depois de o Madero, no bairro Cabral, ter sido assaltado, um dos suspeitos foi identificado e preso. Posteriormente, a polícia conseguiu identificar outros dois assaltantes. “Estamos fazendo a representação, com pedido de prisão”, disse o delegado Pedro Filipe.
O arrastão ocorreu na noite do último dia 3, quando três assaltantes renderam o porteiro, três funcionários e todos os clientes. Os bandidos levaram o que puderam – como dinheiro, celulares e joias. Um segurança reagiu e houve tiroteio, no qual um dos assaltantes foi atingido. Posteriormente, ele foi morto em um segundo confronto, já fora do restaurante.
Os outros arrastões ocorreram em restaurantes dos bairros Juvevê e Batel. Neste, houve troca de tiros, que terminou com um suspeito morto em confronto. Ambos os casos continuam sendo investigados pela DFR.
Após os assaltos, a Associação de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) chegou a se reunir com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), para definir padrões e procedimentos para minimizar os casos. Entre as medidas, está o repasse imediato à polícia de imagens gravadas pelo sistema de câmeras de segurança dos estabelecimentos.
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