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O secretário Paulino Viapiana (de jaqueta preta) e a diretora do Guaíra, Mônica Rischbieter (de vermelho), estiveram no encontro | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
O secretário Paulino Viapiana (de jaqueta preta) e a diretora do Guaíra, Mônica Rischbieter (de vermelho), estiveram no encontro| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Interatividade

O modelo de gestão por Organizações Sociais pode ser benéfico ao Guaíra? Por quê?

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Idealizada pela classe artística de Curitiba, a Campanha Teatro Guaíra 2013 – Por um Novo Teatro Guaíra começou nas redes sociais e foi parar na Praça Santos Andrade, onde foi realizada ontem a segunda "mesa compartilhada" para discutir o orçamento destinado à cultura no estado, a infraestrutura do Guaíra e o modelo de gestão por Organizações Sociais (OSs). O gerenciamento por OSs está em estudo e pode ser adotado na gestão dos chamados corpos estáveis do Teatro Guaíra (Balé Guaíra, Orquestra Sinfônica do Paraná e a G2 Cia. de Dança).

Uma das principais reivindicações, segundo o ator, cenógrafo e dramaturgo Enéas Lour, é reduzir o distanciamento que foi criado nos últimos dez anos entre a classe artística e o Teatro Guaíra. "Não se trata de um enfrentamento político, mas da busca de um canal de diálogo para que possamos voltar a participar das discussões e propor projetos. Não é possível continuar como está hoje", disse.

Além do distanciamento, a dificuldade orçamentária e o modelo de gestão por Organizações Sociais preocupam os participantes. Atualmente, o orçamento do Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG) é de R$ 1 milhão por ano. No total, o montante destinado ao Teatro Guaíra equivale a quase 0,3% do orçamento da Secretaria de Estado da Cultura, afirma Lour. "Era de se esperar que um centro cultural do tamanho do Teatro Guaíra tivesse uma participação mais ativa na cena cultural do estado, mas com esse orçamento fica difícil", diz.

Para a atriz e idealizadora da campanha, Nena Inoue, o porcentual reflete a importância que é dada à cultura no Paraná. Nena também questiona a gestão pelo modelo de OSs, que são entidades sem fins lucrativos que firmam um contrato com o governo do estado para a administração de um equipamento. Segundo ela, a classe artística não foi chamada para participar das discussões. "Uma das vantagens seria a liberdade para captar recursos, mas não sabemos realmente quais são os prós e os contras desse modelo de gestão, pois estamos fora do debate."

Resposta

O secretário estadual da Cultura, Paulino Viapiana, e a diretora-presidente do CCTG, Mônica Rischbieter, estiveram presentes no evento e se comprometeram a marcar um encontro com a classe artística de Curitiba para detalhar o modelo de OSs e os outros temas propostos pela campanha para melhoria do Guaíra. O secretário da Cultura admite que o orçamento destinado ao Guaíra para custeio de salários, manutenção do equipamento e programação não é o ideal, mas o possível neste momento. "A ideia é fazer com que orçamento destinado ao Guaíra evolua gradativamente até chegar a 1% do orçamento total do estado", afirma.

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