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A evolução | Reprodução/G1
A evolução| Foto: Reprodução/G1

Ponta Grossa – Para reduzir o impacto ambiental causado pela presença do pinus no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre) está custeando a retirada das árvores por meio de um convênio assinado com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O trabalho começou no último 5 e vai se estender até o início de maio. Quinze mil pinus já foram cortados.

Ontem de manhã, o presidente do IAP, Vítor Hugo Burko, o presidente da Apre, Roberto Gava, e o diretor de biodiversidade e áreas protegidas do IAP, João Batista Campos, acompanharam a derrubada. Uma empresa particular foi contratada pela Apre por R$ 80 mil para cortar os pinus.

O convênio foi assinado em abril do ano passado, quando a associação acompanhou a equipe do parque nos projetos internos de controle de espécies exóticas. "O pinus é um maravilhoso tigre verde cujos filhotes devem ficar na própria jaula dos pais", compara Gava, sobre a importância das reflorestadoras para a economia do Paraná e a necessidade da atividade não prejudicar o meio ambiente.

A proliferação do pinus ocorreu no parque porque, na década de 80, o governo estadual plantou exemplares de pinus e eucalipto na unidade. Outro forte motivo é a existência de áreas de reflorestamento próximas ao parque. Conforme a engenheira agrônoma da unidade, Odete Carpanezzi, as sementes se espalham com o vento e, uma vez plantadas, crescem e mudam o clima da unidade de conservação. "O Parque de Vila Velha foi criado para proteger o campo e suas espécies. Com a chegada do pinus, o clima foi alterado porque a árvore cresce e fica maior que as outras, formando áreas de sombra. O pinus expulsa as espécies nativas que servem de alimento para a fauna da região. O desequilíbrio é geral", comenta.

De acordo com a gerente do parque, Maria Ângela Dalcomuni, desde 2000 o local é regido pela lei nacional das unidades de conservação. O plano de manejo, que inclui o controle de espécies exóticas, é uma exigência da lei. "Por isso estamos nos adaptando", afirma.

Segundo Gava, o projeto de erradicação do pinus em unidade de conservação vai ficar, em princípio, restrito ao parque de Vila Velha. "Estamos com o orçamento reduzido e não temos condições de ampliar o projeto", afirma. Além do pinus, há outras 56 espécies exóticas da flora no parque, que tem 3.122 hectares. Na fauna, a presença de invasores, como o javali vindo de fazendas próximas, também é preocupante.

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